77º Aniversário da Nakba: a resistência e a perseverança são o caminho para derrotar a ocupação, alcançar a libertação e o retorno

Leia nota oficial do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) na ocasião dos 77 anos da Nakba
77º Aniversário da Nakba
A resistência e a perseverança são o caminho para derrotar a ocupação, alcançar a libertação e o retorno
Neste ano, marcamos o 77º aniversário da Nakba — a catástrofe que levou à expulsão forçada de mais de 800 mil palestinos de suas terras, vilarejos e cidades em 1948 — em meio a uma intensificação brutal da ocupação nazissionista, que promove uma guerra genocida contra o povo palestino na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém ocupada.
Há quase dois anos, o mundo testemunha massacres hediondos sem precedentes na história moderna — crimes que superam em magnitude as atrocidades cometidas pelo nazismo e fascismo —, com o extermínio e a fome impostos a mais de dois milhões de seres humanos em Gaza. No entanto, nada disso foi capaz de quebrar a vontade do nosso povo ou de sufocar a bravura da resistência. A firmeza e o heroísmo do povo palestino em sua terra natal, em unidade com a resistência, frustraram os planos do inimigo e enviaram uma mensagem clara à ocupação, a seus apoiadores e a todos os que apostam na liquidação de nossa causa justa: a Palestina não se rende.
Reiteramos que não há legitimidade alguma para a presença da ocupação em qualquer parte da Palestina histórica. O que foi tomado à força permanece como um roubo praticado por bandidos armados, e o povo palestino continuará lutando com todos os meios de resistência até a libertação completa da Palestina e o estabelecimento de um Estado soberano com Jerusalém como capital.
Neste espírito, fazemos um apelo à unidade nacional e instamos a Autoridade Palestina a aplicar imediatamente o Acordo de Pequim, aprovado por consenso por todos os partidos palestinos e ainda à espera de implementação por parte do presidente da Autoridade e da OLP, Mahmoud Abbas. O momento exige uma estratégia unificada de luta, abrangente e inclusiva, diante dos enormes desafios que ameaçam a causa palestina.
A ocupação sionista, sustentada há 77 anos, e o genocídio em curso contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza, expõem o vergonhoso apoio dos Estados Unidos, do Ocidente e de algumas organizações religiosas que incentivam o ódio e a violência. Constituem uma mancha moral indelével sobre todos os que permanecem em silêncio ou omissos diante de tais crimes.
A tragédia contínua de milhões de refugiados palestinos, tanto dentro da Palestina quanto na diáspora, é responsabilidade direta da ocupação sionista e de seus cúmplices. O direito inalienável ao retorno não pode ser negociado ou ignorado. Rejeitamos a campanha contra a UNRWA e exigimos das Nações Unidas e suas agências o cumprimento de suas obrigações legais e humanitárias em defesa dos direitos dos refugiados palestinos, oferecendo-lhes socorro, dignidade e um caminho de volta às suas terras.
Também apelamos à comunidade internacional que se sensibiliza com a situação de alguns prisioneiros de guerra israelenses a não adotar padrões duplos. É preciso lembrar que cerca de 15 mil palestinos estão detidos nas prisões da ocupação nazissionista, sendo diariamente submetidos a tortura — muitos morrem sob tortura todos os dias. Não esquecemos o jovem brasileiro Walid Khaled, de apenas 17 anos, que foi assassinado sob tortura em uma prisão israelense sem acusação formal ou julgamento. Há dois meses, o regime sionista se recusa a entregar seu corpo à família para seu enterro — um crime hediondo que clama por justiça.
Glória eterna aos mártires, pronta recuperação aos feridos e doentes e liberdade próxima a todos os nossos prisioneiros e detidos nas prisões do inimigo sionista.
Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal)
15 de maio de 2025
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