79 palestinos feridos por tropas israelitas em protesto na Faixa de Gaza
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Pelo menos 79 palestinos foram feridos pelas forças israelitas, que mais uma vez abriram fogo contra os manifestantes desarmados que participavam na 63.ª sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha de Retorno, ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza
Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, entre os feridos encontram-se também paramédicos que prestavam assistência aos manifestantes.
As manifestações têm-se realizado semanalmente desde 30 de Março do ano passado, exigindo o fim do bloqueio à Faixa de Gaza, que dura desde 2007, e o direito dos refugiados palestinos de retornarem às suas casas, que foram forçados a abandonar durante a campanha de limpeza étnica que acompanhou a criação de Israel, em 1948.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde o início dos protestos as tropas israelitas já mataram pelo menos 305 palestinos e feriram mais de 17 mil pessoas.
Investigadores independentes da ONU divulgaram em Março passado um relatório segundo o qual as forças militares israelitas podem ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade na repressão dos manifestantes desarmados da Grande Marcha do Retorno.
Entre 30 de Março e 31 de Dezembro de 2018, afirma o relatório, os soldados israelitas mataram 189 palestinos que participavam nas manifestações, 183 dos quais com munições reais.
Só no dia 14 de Maio de 2018, que marcou o 70.º aniversário da Nakba (catástrofe, a expulsão de mais de 700 000 palestinos por ocasião da criação de Israel), as forças sionistas mataram 60 manifestantes, o maior número de mortos num único dia em Gaza desde a agressão militar israelita de 2014.
Fonte: Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente MPPM
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