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A celebração do Dia Internacional de Jerusalém (Al-Quds)
Por Heba Ayyad
As celebrações deste ano diferem em suas dimensões - política, moral e religiosa - dos anos anteriores, pois, hoje, Jerusalém está duplamente exposta: ao desafio fatídico mais sério que tem enfrentado desde sua ocupação pelo inimigo sionista, a fim de judaizá-lo completamente e declará-lo uma capital eterna para a entidade sionista. De acordo com o que passou a ser chamado de "Acordo do Século" assinado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a transferência da embaixada americana de Tel Aviv é um convite para que outros países no mundo sigam o exemplo.
Hoje é última sexta-feira do mês do Ramadã, o Dia Internacional de Jerusalém, eu estou ciente desde cedo da importância de defender Jerusalém, pois estou ciente da seriedade do que está sendo planejado pelas forças da arrogância externa e das entidades sionistas.
A celebração deste ano ocorre neste momento delicado, pois Jerusalém permanecerá sendo de suas famílias muçulmanas e cristãs. Qualquer prejuízo para suas crenças, seus marcos e sua terra significa uma declaração de guerra, que ninguém pode imaginar a grandiosidade dos danos. E, portanto, Jerusalém deve permanecer viva, gravada nas mentes e consciências das gerações que Jerusalém é capital da Palestina.
Jerusalém não é apenas uma cidade, um slogan ou uma ocasião, mas sim, o núcleo do conflito e a essência do confronto entre duas linhas que não se encontram.
Dessa forma, faz-se necessário que juntemos forças para aprofundar a compaixão, corrigir o foco, traçar estratégias e elaborar programas para salvarmos Jerusalém.
Hoje, a batalha por Jerusalém é uma batalha entre duas faces. O mundo não pode ignorar os ataques diários em Jerusalém, o confisco de terras, a profanação de locais sagrados pelos soldados sionistas que ameaçam as fundações da Mesquita Al Aqsa,
A ocupação sionista que demole casas e promovem a deportação de cidadãos. Dizemos que se o mundo está tolerando tudo isso, o povo palestino, com todos os seus componentes e paradeiro, com o apoio de aliados e amigos, é capaz de enfrentar e virar a mesa sobre os conspiradores, e nos, os palestinos, estamos prontos para pagar mais o preço, pois não temos medo e vamos à luta. Nós, a fim de preservar nossa cidade e todos os grãos do solo da terra natal, vamos lutar até o final.
O Dia Mundial de Jerusalém é realizado neste ano com a pandemia do coronavírus, que impediu milhões de sair às ruas para expressar seu apoio à causa palestina e a prioridade da cidade de Jerusalém.
As celebrações do Dia Mundial de Jerusalém deste ano não serão como as anteriores, é um novo renascimento da memória, um grito de verdade que o mundo inteiro deve ouvir e um apelo por mais firmeza e resistência.
Que esta ocasião seja um convite ao presente da lealdade, ao eixo da resistência a fim de conquistar a Jerusalém e a liberar de todas as restrições.
Heba Ayyad é refugiada palestina, jornalista e poeta.
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