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A economia palestina hoje

Abaixo, analisamos os principais dados da situação econômica na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que compõem os Territórios Palestinos

População

- A população nos Territórios Palestinos era de 4,8 milhões em 2018, de acordo com um relatório do Banco Mundial publicado em abril, cerca de dois milhões dos quais vivem na Faixa e o restante na Cisjordânia.

- De acordo com o Escritório Central de Estatísticas da Palestina (PBCS), cerca de 120 mil trabalham em Israel - 20 mil deles em assentamentos israelenses - embora apenas metade tenha autorizações de trabalho oficiais.

- 18 por cento dos palestinos estão desempregados na Cisjordânia, segundo a PCBS, enquanto a cifra é de 52 por cento em Gaza.

- Quase um em cada três desempregados e 24 por cento dos palestinos vivem abaixo do nível de U$5,5 por dia em paridade de poder aquisitivo, segundo o Banco Mundial. Em Gaza, 46% da população está nessa situação, em comparação com 9% na Cisjordânia.

- Quase 70 por cento da população de Gaza enfrenta insegurança alimentar, de acordo com um relatório do Programa Mundial de Alimentos (WFP), publicado em dezembro.

 

Economia

- O PIB dos Territórios Palestinos em 2017 foi de 14.700 milhões de dólares, segundo o Banco Mundial. Em comparação, Israel tem uma economia 20 vezes maior, embora mal tenha o dobro da população.

- Segundo a PCBS, o principal parceiro comercial da Autoridade Palestina é Israel, seguido pela União Europeia. As exportações para a Europa estão limitadas a produtos sazonais, como flores e morangos.

- De acordo com o Banco Mundial, a economia palestina não registrou nenhum crescimento real em 2018 devido à forte deterioração em Gaza e à desaceleração na Cisjordânia. Em Gaza, a economia caiu 8%, enquanto na Cisjordânia o PIB cresceu 2%.

 

Problemas principais

- A economia de Gaza dependeu de ajuda nos últimos anos bem como de gastos através do orçamento da Autoridade Palestina, entre os quais se somam entre 70 e 80% do PIB da Faixa. Ambas as fontes foram reduzidas significativamente nos últimos tempos.

- Em fevereiro passado, Israel começou a congelar uma parte do dinheiro que arrecada em impostos e costumes em nome da Autoridade Palestina, respondendo a sua utilização para ajudar famílias de atacantes palestinos mortos ou presos por Israel.

Em resposta, a Autoridade Palestina rejeitou todo o dinheiro que Israel coleta, o que equivale a 60% de seu orçamento - cerca de 190 milhões de dólares por mês. Marc Frings, chefe da Fundação Konrad Adenauer (KAS) em Ramallah, acredita que com esta decisão, a Autoridade Palestina está caminhando para a falência em poucos meses.

- Na Faixa de Gaza, aonde Israel vem impondo sanções há pelo menos 12 anos, a situação é ainda pior. As restrições endureceram em junho de 2007, depois que o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza, sobre a qual Israel impôs um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo, alegando razões de segurança. O Hamas é considerado uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela UE.

- Desde o início do bloqueio israelense, cerca de 600 instalações industriais e milhares de lojas fecharam antes da deterioração da situação econômica, segundo a Associação dos Empresários Palestinos.

Seu presidente, Ali Al Hayek diz que 85 por cento das indústrias de Gaza deixaram de funcionar devido à falta de materiais, baixo poder de compra e da deterioração da economia neste território. Gaza importa todos os produtos que a população precisa no seu dia-a-dia, como alimentos e roupas, mas, segundo Al Hayek, "não há exportações, exceto às vezes verduras e frutas".

 

Fonte: Agência Europa Press

Tradução: IBRASPAL

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