A ideologia sionista na educação de Israel
Sabrina Fernandes, Nakba Day
Em participação especial na TV Boitempo por ocasião dos 71 anos da Nakba, a "catástrofe" ou êxodo dos palestinos, Sabrina Fernandes (Tese Onze), fala sobre a importância da obra "Ideologia e propaganda na educação: a Palestina nos livros didáticos israelenses" (Boitempo, 2019), de Nurit Peled-Elhanan. Através de uma análise cuidadosa dos livros didáticos de Israel, a premiada filóloga especialista em linguagem pedagógica revela as maneiras pelas quais a ideologia sionista se imiscui no projeto educacional israelense.
IDEOLOGIA E PROPAGANDA NA EDUCAÇÃO: a Palestina nos livros didáticos israelenses, de Nurit Peled-Elhanan http://bit.ly/2HSli15
Qual é o poder da escola na formação cultural de uma nação? Como ela pode contribuir para predispor os jovens a reproduzir situações de opressão, em vez de transformá-las? A educação é assediada explicitamente por discursos como o da formação “para o mercado de trabalho”, mas não haveria outros ainda, tão ou mais perigosos, operando?
Neste estudo fundamental, a professora de linguagem da educação Nurit Peled-Elhanan investiga os recursos visuais e verbais utilizados em livros didáticos de Israel para representar a população palestina. Mobilizando um sofisticado e rigoroso arcabouço teórico e metodológico, a autora examina a apresentação de imagens, mapas, layouts e o uso da linguagem em livros de história, geografia e educação moral e cívica. O resultado é uma detalhada exposição dos mecanismos pelos quais esses materiais escolares moldam um imaginário de marginalização dos palestinos. Para a autora, o discurso aparentemente científico e neutro empregado no material usado em sala de aula é, em realidade, carregado de signos de violência, desprezo e intolerância contra os palestinos.
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