Arábia Saudita barra importação de carne de frango em retaliação a ameaça de Bolsonaro de transferir Embaixada para Jersusalém
JBS e BRF, dos irmãos Batista, estão entre os frigoríficos que foram cortados pelos sauditas
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
A Arábia Saudita, maior compradora de carne de frango do Brasil, suspendeu a importação de 33 frigorificos brasileiros que comercializavam o produto com o país.
Trata-se de uma retaliação à ameaça do governo Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, na Cisjordânia ocupada.
O movimento do país árabe parece ser a primeira resposta de muitas que poderão vir ao ataque de Jair Bolsonaro aos países muçulmanos.
Antes da posse de Bolsonaro, o Egito já havia cancelado uma visita do então chanceler Aloysio Nunes.
E a Liga Árabe também havia advertido sobre a retaliação que poderia ocorrer devido à irritação que a ameaça provocou nos países árabes.
Bolsonaro já foi informado do descredenciamento dos frigorificos e do corte nas importações.
A JBS e a BRF, dos irmãos Batista, estão entre os frigoríficos que foram cortados pelos sauditas.
A medida é um duro golpe no governo Bolsonaro e em seus apoiadores do agronegócio.
No ano passado, a Arábia Saudita comprou 14% dos frangos exportados pelo Brasil.
Além de importadores de destaque do agronegócio, os sauditas também são importantes compradores da indústria brasileira.
Em valores, o total dois setores representou, em 2018, mais de R$ 2,1 bilhões pagos pelos sauditas a empresários e ruralistas brasileiros.
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