Atriz de Hollywood Natalie Portman recusa prêmio de Israel
Premiação avaliada em U$ 2 milhões seria entregue por Netanyahu
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
A atriz israelense Natalie Portman, vencedora do Óscar de melhor atriz, em 2011, pelo filme Cisne Negro, recusou o prêmio da Fundação Gênesis de Israel, conhecido como o Nobel Judaico. A organização do prêmio informou que um assessor da atriz enviou um comunicado declarando que os recentes acontecimentos (massacre de palestinos na Faixa de Gaza) a incomodaram profundamente e que ela não estaria em paz com a consciência se participasse de algum evento em Israel.
Natalie, que vive nos Estados Unidos desde os três anos de idade, receberia um prêmio avaliado em U$ 2 milhões das mãos do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O boicote à premiação não foi a primeira crítica dela ao governo de Israel. Em 2015, após a reeleição de Netanyahu, Natalie disse em uma entrevista que lamentava sua reeleição. "Estou muito, muito chateada e desapontada por ele ter sido reeleito", frisou ao afirmar que repudiava os comentários racistas do primeiro-ministro.
Após a negativa de Natalie, o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Gilad Erdan, escreveu em sua conta no Twitter que a atriz absorveu a narrativa do Hamas e a convidou a visitar a fronteira de Gaza para se encontrar com colonos israelenses. Já a ministra da Cultura, Miri Regev, afirmou que a atriz foi pressionada pelo movimento BDS (Boicote, Desinvestimentos e Sanções), que atua para impedir a repressão de Israel aos palestinos.
Massacre
As forças de repressão israelenses mataram pelo menos mais quatro palestinos nesta sexta-feira, 20, durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, que ocorre todas as sextas-feiras na fronteira da Faixa de Gaza. Dentre os mortos está o adolescente Mohamad Ibrahim Ayoub, de 15 anos, Ahmad Rashad Al-Athameneh, de 24, Nabil Abu Aqel, de 25, e Saad Abd Almajid Abu Taha, de 29.
Com as mortes de hoje, sobe para 37 o número de palestinos assassinados por Israel durante as manifestações da Marcha do Retorno. O total de feridos já ultrapassa a casa dos quatro mil. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde da Palestina até às 15 horas (horário local) apontava 4.279 pessoas feridas nos protestos.
Com informações do Washington Post e Middle East Monitor
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