O ultra-direitista, eleito no último domingo, também não reconhece a Palestina como país

 

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

Jair Bolsonaro ratificou nesta quinta-feira, 1, a posição de transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para a Jerusalém.

O ultra-direitista reafirmou a decisão durante entrevista ao jornal conservador israelense Israel Hayom.

Ele fez questão de frisar que a transferência da Embaixada brasileira não havia sido apenas uma promessa de campanha.  

"Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos. Vocês decidem sobre a capital de Israel, não outros povos", afirmou se referindo aos sionistas.

Os palestinos reivindicam Jerusalém como capital da Palestina. E os organismos internacionais não reconhecem o direito de Israel sobre o território.

O tom de hostilidade em relação à Palestina durante o período eleitoral foi enfatizado na primeira entrevista à imprensa israelense.

"Quanto à embaixada da Palestina, ela foi construída muito perto do palácio presidencial. Nenhuma embaixada pode estar tão perto do palácio presidencial, então pretendemos mudar”, antecipa.

E completa: “A Palestina primeiro precisa ser um estado para ter o direito a uma embaixada”.

O Brasil reconhece o Estado palestino desde dezembro de 2010. E a ONU reconhece a Palestina como Estado observador em suas reuniões desde 2012.

O ultra-direitista também antecipou que o país passará a votar junto com Israel em fóruns internacionais como a ONU.