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Deputados de esquerda de SP vão apresentar moção contra transferência de Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém

Proposta contra ameaça de Bolsonaro foi feita durante ato em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal



Uma moção contra a ameaça de transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém feita pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve ser apresentada nos próximos dias pelos deputados de esquerda que fazem parte da Assembleia Legislativa de São Paulo.



A proposta foi feita na noite desta segunda-feira, 3, pela jornalista Soraya Misleh durante a comemoração do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, que ocorreu no auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa.



Soraya, que integra a Frente Palestina, relatou o sofrimento dos palestinos com as constantes agressões de Israel. Seu pai foi expulso da Palestina em 1948 durante a Nakba (catástrofe).



Ela conta que o pai ao ter de abandonar o país com a família, levou junto a  chave do imóvel. “Os palestinos carregaram a chave com eles ao serem expulsos de suas casas pelos sionistas. A chave representa o símbolo do retorno”, comenta emocionada.



“Apesar das várias resoluções da ONU garantindo que os palestinos podem voltar à sua terra, até hoje Israel impede a nossa volta”, ressalta Ahmad Shehada, presidente do Ibraspal (Instituto Brasil Palestina).



Shehada enfatiza que mesmo assim os sionistas e seus apoiadores ainda rotulam a resistência palestina como terrorista.



“Quando a resistência luta pelo direito de retorno é chamada de terrorista. Mas nem o Hamas e nem qualquer outro partido palestino são terroristas. Não respondem a ataques fora da Palestina. Mas a luta armada contra o opressor é um direito garantido, inclusive, pela resolução 37/43 da ONU”, enfatiza o presidente do Ibraspal.

 

Ele recorda que durante as manifestações pacíficas da Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, a repressão israelense matou centenas de palestinos e feriu milhares.



“A resistência de Gaza é histórica. E essa resistência mostra para Israel, que a Palestina vai resistir até ter seus direitos garantidos”, afirma Mohamad El Kadri, da Frente Palestina.



A limpeza étnica praticada pelos sionistas também foi lembrada por Fábio Bosco, dirigente da Conlutas. “Este ano fez 70 anos que ocorreu a Nakba. A justiça está demorando para ser feita.”



O sindicalista também critica o Acordo do Século. “Esse acordo legitima todas as agressões de Israel contra os palestinos. É a legalização de uma grande injustiça.”



O deputado petista Alencar Santana, que presidiu a sessão de homenagem ao povo palestino, criticou a ameaça de transferência da Embaixada do Brasil feita por Bolsonaro.



“O presidente eleito propaga o ódio. É uma brutalidade imensa se submeter aos Estados Unidos. A transferência da Embaixada é mais uma ofensa”, diz o parlamentar.



Santana se solidariza à luta e reitera o apoio ao direito de retorno dos palestinos à sua terra. “Me coloco à disposição da luta palestina”, concluiu.

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