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Embate de Israel traz à tona apoio de judeus a Hitler

Benjamin Netanyahu quer se esquivar da participação de judeus no Holocausto

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

O recente embate entre o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o primeiro ministro polonês, Mateusz Morawiecki, sobre a participação de judeus no apoio aos nazistas durante o Holocausto trouxe à tona um assunto desconhecido pela maioria da população e que o premiê israelense gostaria de ver sepultado.

 

Na polêmica, os dois ultradireitistas tentam se esquivar da acusação da participação de judeus e poloneses no apoio a Hitler. A Polônia, por exemplo, quer punir com prisão quem se referir a campos de extermínio poloneses. Mas Morawiecki enfureceu o político israelense ao lembrar a participação de judeus nos crimes praticados no Holocausto.

 

Netanyahu reagiu acusando o colega conservador de falsificação da História. No entanto, o próprio jornal israelense Haaretz publicou, após o término da Segunda Guerra Mundial, um documento denunciando a participação de judeus no apoio aos crimes nazistas durante o Holocausto.

 

No relatório, esses judeus são tratados apenas pela letra do primeiro nome. "R., que trabalhou na Grécia, ajudou homens da SS a submeterem judeus às ordens nazistas e a despojá-los de propriedades, dinheiro, ouro e jóias." Em outra passagem, A., é descrito por ter praticado extorsão contra judeus.

 

O relatório também se refere aos judeus que trabalharam nos campos de extermínio e que atuaram como informantes e espiões para frustrar qualquer tentativa de resistência. O Haaretz relata, ainda, que entre 120 acusados de crimes contra judeus em Israel havia sete ou oito cristãos, e que os demais eram todos judeus.

 

O pesquisador sobre Holocausto Itamar Levin, em seu livro Kapo on Allenby, também ressalta que dezenas de judeus foram presos em Israel nos anos 1950 e julgados acusados de ajudar os nazistas. Um deles inclusive foi condenado à morte. Levin encontrou documentos em 23 tribunais que apontam a colaboração de policiais e médicos judeus com os nazistas.

 

 

Com informações do site palestino Arab 48

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