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Em repúdio ao 'Dia da Amizade Brasil-Israel'

Trata-se de uma medida escandalosa e cúmplice, aprovada no exato momento em que a entidade sionista de "Israel" intensifica sua política genocida

O Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) repudia veementemente a aprovação, pelo Senado Federal, do projeto de lei que estabelece o dia 12 de abril como o “Dia da Amizade Brasil-Israel”.

Trata-se de uma medida escandalosa e cúmplice, aprovada no exato momento em que a entidade sionista de "Israel" intensifica sua política genocida contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Uma agressão permanente, marcada por bombardeios diários, assassinato de civis indefesos — crianças, mulheres e idosos —, e um cerco criminoso que impõe fome e destruição a milhões de pessoas.

Desde 7 de outubro de 2023, mais de 53 mil palestinos foram assassinados e mais de 120 mil ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Apenas desde março deste ano, quando "Israel" rompeu unilateralmente um cessar-fogo, mais de 3,6 mil palestinos foram mortos. Celebrar uma suposta “amizade” com os algozes de um povo submetido a tais crimes é um insulto à dignidade humana e uma afronta aos princípios da autodeterminação e da justiça.

Não existe amizade possível entre o Brasil e uma entidade construída sobre a base da expulsão forçada de um povo inteiro, que há quase um século sofre com ocupação, massacres, colonização e apartheid. A aprovação desse projeto de lei ignora completamente a luta legítima do povo palestino por libertação e direito ao retorno às suas terras, além de contrariar o sentimento solidário da maioria do povo brasileiro.

As declarações do relator do projeto, senador Carlos Viana, sobre “fortes vínculos culturais e sociais” entre os povos brasileiro e israelense, servem apenas para mascarar o apoio explícito à política criminosa da ocupação sionista. Não há qualquer laço fraterno entre os que oprimem e os que se opõem à opressão.

Reiteramos que o Brasil deve romper todas as relações diplomáticas, militares e econômicas com "Israel" e se posicionar claramente ao lado da causa palestina, como fizeram historicamente diversos países comprometidos com a luta contra o colonialismo e o imperialismo.

Enquanto diversos países ao redor do mundo — inclusive as grandes potências que financiaram a criação da entidade sionista — caminham no sentido oposto, o Senado brasileiro adota uma posição isolada e vergonhosa. O Congresso da Espanha, por exemplo, propôs um embargo à venda de armas para "Israel", e vários governos europeus já aplicam sanções em decorrência dos crimes de guerra praticados contra o povo palestino. Cerca de 80 Estados-membros das Nações Unidas exigiram medidas para garantir a proteção dos civis em Gaza, classificando a situação como a pior crise humanitária desde o início da agressão.

Em meio a esse cenário de repúdio mundial cada vez maior, o Senado brasileiro envergonha o País ao ser, na prática, o único a celebrar uma “amizade” com um regime genocida.

Conclamamos o presidente da República a vetar integralmente essa lei vergonhosa. Manter qualquer relação de “amizade” com o sionismo é trair o povo palestino, trair a história de luta dos povos oprimidos e trair o compromisso do Brasil com a paz e a justiça internacional.

 

Pelo fim da ocupação sionista!

Pelo rompimento de todas as relações do Brasil com "Israel"!

Palestina livre do rio ao mar!

Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal)

26 de maio de 2025

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