Mas União Europeia rechaça decisão de destruir moradias

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

O Comitê de Relações Internacionais da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) alerta que o governo dos Estados Unidos está  incitando Israel a derrubar a aldeia de Khan Al-Ahmar rapidamente.

No mês passado, a Suprema Corte israelense rejeitou todos os apelos dos moradores e decidiu pela derrubada das habitações. Os magistrados consideram a vila beduína palestina ilegal e deram sinal verde para as forças de repressão agirem.

A decisão é condenada pela União Européia, que adverte o governo israelense a não proceder a demolição, sob o risco de ao derrubar as moradias, minar as perspectivas de paz.

Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha, que integram o Conselho de Segurança da ONU, a Organização das Nações Unidas, emitiram nota conjunta, no mês passado, condenando a decisão e reafirmando a preocupação de a medida esgarçar a possibilidade de consolidação do Estado palestino.

Mas Israel está determinado a desacatar os pedidos. E para isso conta com o apoio dos Estados Unidos, que pressionam o governo sionista a executar a sentença da Suprema Corte o mais rápido possível.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert, afirmou nesta terça-feira, 2, que a derrubada da aldeia vai ocorrer e justifica que a demolição tem amparo da justiça. “Foi um longo processo legal. A aldeia será demolida.”

 

Em comunicado, o Comitê de Relações Internacionais da OLP classificou a atitude do governo estadunidense como incitamento à violência contra os moradores que vivem na aldeia.

A chanceler alemã Angela Merkel chegou a ameaçar cancelar a visita que faria a Israel se a aldeia fosse demolida.

Apesar de a ordem de demolição estar pronta desde esta segunda-feira, 1, até o momento não havia sido executada.

Com informações de Middle East Monitor