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EUA abandonam designação ocupados por Israel para territórios palestinos e Montes Golã sírios

Num relatório sobre direitos humanos divulgado esta quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA não se refere à Cisjordânia e aos Montes Golã e como territórios ocupados por Israel

Em vez disso, usa a expressão «controlado por Israel», o que sinaliza uma viragem relativamente à anterior posição de Washington de recusar reconhecer a soberania de Israel sobre estas áreas, que ocupou e anexou unilateralmente.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou que o facto de os Estados Unidos abandonarem o termo «ocupação» não altera «o facto de que o território palestino ocupado desde 1967 e o Golã árabe ocupado são territórios sob ocupação israelita, de acordo com as resoluções da ONU e o direito internacional», acrescentando que se trata de «uma continuação da abordagem hostil da administração estado-unidense em relação ao nosso povo palestino».

O documento sugere também que a cidade de Jerusalém na sua totalidade faz parte de Israel, dizendo no prefácio: «Esta secção inclui Israel, incluindo Jerusalém, e os Montes Golã.»

A Cisjordânia e Jerusalém Oriental foram ocupados por Israel na guerra de 1967. Em 1980 Israel anexou formalmente Jerusalém Oriental, declarando a sua plena soberania sobre a cidade no seu todo. Israel ocupou os Montes Golã na mesma guerra, tendo anexado o território em 1981.

O direito internacional não reconhece a dominação de Israel nesses territórios e considera ilegais todos os colonatos, que Israel vem construindo a um ritmo cada vez mais acelerado na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

A administração do presidente Donald Trump tem seguido uma agressiva política pró-israelita e antipalestina. Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel e mudou para aí a embaixada dos EUA em Maio do ano passado, ao arrepio das resoluções da ONU e desprezando a reivindicação palestina de fazer de Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado independente.

 

Fonte: Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente MPPM

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