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Federação Internacional dos Jornalistas acusa Israel de mentir para justificar assassinato de palestino

O fotógrafo Yaser Murtaja morreu no massacre sionista da última sexta-feira, 6, em Gaza

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

A Federação Internacional dos Jornalistas acusou o governo israelense de mentir para justificar o assassinato do fotógrafo palestino Yaser Murtaja, 30 anos, executado a tiros por soldados sionistas, na última sexta-feira, 6, quando cobria a manifestação da Grande Marcha do Retorno na fronteira da Faixa de Gaza.

 

A reação veio após o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, afirmar em sua conta no twitter, que Murtaja era um terrorista do Al-Qassam (braço armado) do Hamas.

 

“O fotógrafo (#YasserMurtaja) era um terrorista associado a ala militar do Hamas. Ele ocupava o posto de capitão e era pago regularmente pelo Hamas desde 2011. Ele costumava usar drones para coletar informações sobre as forças da IDF no front”, escreveu Lieberman.

 

A afirmação é refutada com veemência pela Federação Internacional dos Jornalistas. O secretário-geral da entidade, Anthony Bellanger, acusou Lieberman de disseminar mentiras para justificar o assassinato do jornalista palestino.

 

“É hora das autoridades israelenses pararem de fabricar mentiras para justificar o assassinato e é hora de parar de atacar os jornalistas palestinos”, alfineta. 

 

Para a entidade, Lieberman dá carta branca para os soldados israelenses matarem jornalistas. No momento em que foi baleado, Murtaja usava colete com a identificação de Imprensa.

 

"Está claro que depois que soldados israelenses assassinaram um jornalista, o ministro da Defesa está mais interessado em espalhar propaganda do que em conduzir uma investigação completa e transparente, que leve os assassinos de Yasser à justiça”, enfatiza o dirigente da Federação Internacional de Jornalistas. 

 

As manifestações da Grande Marcha do Retorno se estendem até o próximo dia 15 de maio, data dos 70 anos da Nakba (catástrofe em árabe), quando Israel expulsou 800 mil palestinos de suas terras e casas para assentar em seu lugar colonos israelenses.

 

O direito dos palestinos poderem retornar ao território ocupado por Israel é assegurado pela própria ONU (Organização das Nações Unidas). Mas os sionistas nunca respeitaram esse direito. Até mesmo os filhos e netos dos palestinos são impedidos de conhecerem a terra dos antepassados.

 

Com informações do site da Federação Internacional dos Jornalistas e do Middle East Monitor

 

 

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