Evento dura seis dias e vai exibir filmes palestinos, árabes e de outros países

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

Começou nesta quinta-feira, 22, a terceira edição do Festival Independente de Cinema de Haifa, na Cijordânia ocupada. O evento, que se estende até a próxima terça-feira, 27,  vai exibir 50 filmes palestinos, árabes e de outros países.

Os organizadores do Festival distribuíram a exibição das películas em vários espaços culturais da cidade. A ideia é transformar Haifa em um grande cinema para contar histórias da Palestina. Haifa é uma das cidades em que os israelenses expulsaram os palestinos em 1948 durante a Nakba.

Lina Mansour, organizadora do Festival, ressalta que a cidade está se consolidando no roteiro de festivais, como os de Beirute, Dubai e Cartago.

“O Festival cresceu muito. O esforço para trazer filmes este ano foi muito menor do que em anos anteriores”, enfatiza Lina. Ela considera que o Festival de Cinema de Haifa se transformou no evento mais importante da cidade. “Trouxe algo novo para a cena cultural.”

 

Para Ayed Fadel, responsável pelo marketing do evento, o Festival também serve para denunciar que Haifa está sendo dominada por Israel. “E é importante saber que os cineastas querem exibir seus filmes para os palestinos.”

Durante os seis dias de Festival serão exibidos curtas e longas-metragens, além de documentários.  Lina Sweilem, responsável pela seleção de filmes conta que, este ano, também houve a preocupação de se trazer filmes da África que fala árabe. “Tentamos cobrir toda as regiões."

Ela explica que a Argélia é um dos países que o Festival visou. "Há um foco no cinema argelino, que tem sido muito ativo nos últimos anos. É importante exibir esses filmes na Palestina, especialmente porque a comunicação argelino-palestina é bem forte”, frisa.

O diretor do Festival, Roger Khalif, antecipa que nos próximos anos também haverá premiações para as produções cinematográficas.

Com informações do site palestino Arab 48