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Forças israelitas atacam alunos e professores com gás lacrimogéneo em Hebron

Forças israelitas atacaram neste domingo alunos palestinos na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, disparando bombas de gás lacrimogéneo e granadas sonoras

Segundo fontes locais, as forças israelitas atacaram fisicamente vários alunos que iam a caminho da escola, tentando até deter um deles, e dispararam bombas de gás lacrimogéneo contra pais que tentaram intervir.

Os soldados israelitas localizados nas proximidades da Escola Tareq Bin Ziad, na parte sul da cidade, dispararam numerosas bombas de gás lacrimogêneo dentro do complexo escolar, fazendo com que vários estudantes e professores sofressem de sufocação devido à inalação de gás.

A escola hoje atacada é uma das nove escolas palestinas localizadas na área H2 de Hebron. As crianças em idade escolar têm de passar por postos de controlo militares para terem acesso às suas escolas, e são frequentemente alvo de assédio e ataques pelas forças militares e pelos colonos israelitas.

A cidade de Hebron está dividida em duas áreas: H1, a área controlada pela Autoridade Palestina, que compreende cerca de 80% da cidade e onde vivem cerca de 175 000 palestinos; e H2, a área controlada por Israel, onde cerca de 500 a 800 colonos judeus israelitas vivem no meio de 40 000 palestinos.

Os ataques de Israel ao sector educativo palestino são frequentes, prejudicando o acesso a um ambiente de aprendizagem seguro e o direito a uma educação de qualidade para milhares de crianças palestinas.

«Desde Janeiro a Dezembro de 2018 a ONU documentou 111 interferências na educação na Cisjordânia, afectando 19 196 crianças, uma média de mais de duas violações por semana», relata um comunicado conjunto publicado em final de Janeiro de 2019 por Jamie McGoldrick, Coordenador Humanitário da ONU, Geneviève Boutin, Representante Especial da UNICEF, e pela UNESCO. «Mais de metade dos incidentes verificados envolveram munições reais, gás lacrimogéneo e granadas atordoanates disparadas para dentro ou perto das escolas pelas forças israelitas, afectando a actividade lectiva ou ferindo alunos.»

 

Fonte: Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente MPPM

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