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Funcionários da Autoridade Palestina entram em greve em Gaza

Governo de Ramallah não paga salários e ignora direitos dos trabalhadores

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

 

Funcionários da Autoridade Palestina na Faixa de Gaza entraram em greve nesta segunda, 26. O movimento paralisou todos os ministérios, escritórios governamentais, escolas e hospitais, segundo a Quds Press, a agência de notícias de Jerusalém.

 

 

Desde que o Hamas ganhou o governo da Faixa de Gaza, em 2006, a Autoridade Palestina, dirigida pelo Fatah, vem dificultando a vida desses funcionários.  Com a paralisação, o sindicato da categoria quer chamar a atenção do primeiro ministro Rami Hamdallah.

 

 

De acordo com o sindicato, a Autoridade Palestina não paga os salários e tem ignorado os direitos dos trabalhadores. 

 

 

Em outubro passado, o Egito negociou um acordo de entre Hamas e Fatah. Os termos da negociação estipulavam que a Autoridade Palestina deveria pagar os salários dos funcionários de Gaza e o Hamas entregaria o controle de escritórios governamentais, incluindo receitas fiscais.

 

 

O Hamas cumpriu sua parte, mas a Autoridade Palestina, não. O governo de Ramallah se recusa a reconhecer os funcionários de Gaza e não paga seus salários.

 

 

"Funcionários que não recebem salários têm o direito de protestar", enfatiza Ihab Al-Nahhal, coordenador do Comitê Popular de Apoio aos Funcionários de Gaza.

 

 

"Todas as promessas feitas pelo Fatah no acordo do Cairo e as promessas feitas pelo governo da Autoridade Palestina não foram cumpridas", completa.

 

 

Os salários deveriam ter sido pagos no início de fevereiro. Para atenuar a situação, o governo do Hamas tem retido parte das receitas fiscais e das taxas de serviços e repassado como forma de pagamento a esses trabalhadores.

 

 

 

Com informações do Middle East Monitor

 

 

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