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Funcionários da UNRWA em Gaza anunciam greve a partir de segunda-feira, 24

Protesto quer chamar a atenção para cortes de recursos pelos EUA para atendimento humanitário

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

Os funcionários da UNRWA, a Agência das Nações Unidas para Refugiados da Palestina no Oriente Médio, anunciaram que vão iniciar uma greve na próxima segunda-feira, 24.



O objetivo é chamar a atenção para o corte de recursos pelos Estados Unidos para os programas que atendem palestinos atingidos pela política de limpeza étnica de Israel.



No mês passado o Departamento de Estado dos Estados Unidos já havia sinalizado que Washington não pretende fazer aportes monetários para a ajuda humanitária realizada pela UNRWA.



Os funcionários da agência da ONU criticam a decisão estadunidense e enfatizam a importância da manutenção do envio de recursos, para assegurar a ajuda humanitária e garantir a preservação dos direitos dos palestinos.  



Nesta terça, 18, eles realizaram uma manifestação em frente à sede da organização, em Gaza, para criticar os cortes do governo Trump e enfatizar o direito dos refugiados palestinos à ajuda, além de anunciarem a paralisação.



A Faixa de Gaza, segundo dados da UNRWA, abriga aproximadamente 1,9 milhão de palestinos dos quais, 1,3 milhão são refugiados.



Os funcionários também querem que o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas intervenha imediata para ajudar na resolução da crise da UNRWA que prejudicará a população palestina.



Mas Abbas não tem interesse em ajudar a resolver o impasse porque é adversário político do Hamas, que governa a Faixa de Gaza há mais de uma década.



Trump usa o corte de recursos para os refugiados palestinos de Gaza, para atingir o Hamas, o que também interessa a Abbas, que é do Fatah.



Os Estados Unidos eram o maior contribuinte da UNRWA, com aproximadamente um quarto do orçamento geral da agência.  



Fundada em 1949, a UNRWA atende refugiados palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia ocupada por Israel, na Jordânia, no Líbano e na Síria.



Com informações do Middle East Monitor

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