Greve geral em Hebron em protesto contra plano de colonato israelita na cidade
Os palestinos de Hebron, na Cisjordânia ocupada, realizaram esta segunda-feira uma greve geral de protesto contra os planos de Israel de construir um novo colonato ilegal na cidade.
A greve, realizada por apelo da Fatah, movimento predominante da Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, foi acompanhada por protestos, que as forças israelitas reprimiram com gás lacrimogéneo.
A greve surge na sequência da aprovação em 1 de Dezembro por Naftali Bennett, o ministro da Defesa israelita — a Cisjordânia ocupada está sob administração militar isarelita desde 1967 —, de um novo colonato, com a construção de 70 apartamentos que poderiam duplicar a população de colonos israelitas em Hebron.
A cidade de Hebron está dividida em duas áreas: H1, a área controlada pela Autoridade Palestina, que compreende cerca de 80% da cidade e onde vivem cerca de 175 000 palestinos; e H2, a área controlada por Israel, onde cerca de 800 colonos judeus israelitas particularmente violentos vivem no meio de 40 000 palestinos.
Atualmente mais de 600 000 israelitas vivem em colonatos nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. À luz do direito internacional, nomeadamente da IV Convenção de Genebra e da resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, todos e cada um dos colonatos são ilegais.
Foto: HAZEM BADER / AFP
Fonte: Movimento pelos Direitos do Povo Palestino E pela Paz no Médio Oriente
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