Hamas anuncia que Marcha do Retorno vai continuar após 15 de maio
O líder do partido, Ismail Haniyeh, disse que resistência deve se espalhar pela Cisjordânia
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, anunciou que a Grande Marcha do Retorno deve continuar após o dia 15 de maio, previsto incialmente para o término das manifestações que reivindicam o direito dos palestinos poderem entrar nos territórios ocupados por Israel desde 1948.
A data coincide com a Nakba (catástrofe, em tradução do árabe), quando Israel expulsou milhares de palestinos de suas terras e casas para assentar em seu lugar colonos israelenses.
Desde 30 de março, Dia da Terra na Palestina, quando foi iniciada a Grande Marcha do Retorno em Gaza, 40 palestinos já foram mortos por forças de repressão israelense e mais de cinco mil ficaram feridos. Imprensa da região chegou a divulgar a morte de 42 pessoas, mas o total correto de óbitos é de 40 palestinos, dois deles jornalistas.
Nesta sexta-feira, 27, ocorre a quinta manifestação na fronteira da Faixa de Gaza com Israel. De acordo com o líder do Hamas, os protestos devem se estender para a Cisjordânia a partir do dia 15 de maio, considerado o pico das manifestações pelo direito de retorno.
Ainda segundo o dirigente político, a decisão foi tomada pelo Comitê da Marcha do Retorno e Rompendo o Cerco e pretende atrair apoio à manifestação que nasceu em Gaza. "Chamo todas as pessoas livres ao redor do mundo para ficar ao lado de nosso povo."
O Hamas considera que os protestos colocam na agenda internacional o cerco de Israel a Gaza e o direito de retorno do povo palestino.
Com informações do Middle East Monitor
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