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Ibrahim Nabulsi, uma das lideranças da resistência palestina em Nablus, é assassinado; população enlutada anuncia greve geral.

População declarou greve geral em protesto contra a operação perpetrada por Israel, realizada no dia seguinte à trégua em Gaza.

Israel assassinou Ibrahim Nabulsi, liderança das Brigadas Al-Quds em Nablus, Palestina. O guerrilheiro, de 26 anos, era um importante membro deste grupo armado, composto por dissidentes do Fatah. As Brigadas Al-Quds foram a ala armada do Fatah até 2005, quando o partido renunciou à luta armada e dissolveu oficialmente as Brigadas. Embora elas ainda existam na prática, o Fatah não aprova ou reconhece oficialmente as atividades das Brigadas como suas.

 

O funeral de Ibrahim reuniu uma grande quantidade de pessoas que manifestaram solidariedade com o mártir caído. Nabulsi foi encontrado e morto pelos israelenses após meses de perseguição das forças ocupantes. Comerciantes e trabalhadores de Nablus anunciaram uma greve geral até o fim do dia, em protesto. Estabelecimentos educacionais e comerciais em geral permaneceram fechados ao longo do dia, em demonstração de solidariedade.

 

A mãe de Ibrahim chamou os demais presentes no funeral a se juntar à luta travada por seu falecido filho contra a ocupação israelense: "sejamos cem Ibrahim Nabulsis!". Antes disso, uma última mensagem atribuída ao guerrilheiro foi destinada à imprensa local e teve grande repercussão.

 

Disse ele:

"Digam à minha mãe que eu a amo, protejam a pátria e, por sua honra, jamais abandonem seus rifles”.

O leão de Nablus, Ibrahim Nabulsi

Ibrahim Nabulsi, conhecido como "o leão de Nablus". Foto: Twitter

 

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina condenou a ação, que qualificou como uma "execução extra-judicial". Mais dois membros das Brigadas foram mortos na mesma operação. Cerca de quarenta civis palestinos ficaram feridos.

 

A operação é mais uma realizada pelo governo israelense com a justificativa de "combate ao terrorismo". A proximidade das eleições israelenses, marcadas para setembro, e a fragilidade do atual primeiro-ministro Yair Lapid no cargo parecem ser uma motivação mais realista para as ações militares recentes em Gaza e Cisjordânia, segundo o jornal The New Arab.

 

Com informações de The New Arab (1) (2)

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