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Ibraspal participa de ato solene na Câmara dos Deputados em homenagem a Jerusalém

Presidente da Casa enviou carta ressaltando importância do respeito aos palestinos

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

A cidade de Jerusalém foi homenageada na manhã desta quinta- feira, 14, na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante sessão solene convocada pelo deputado Evandro Roman (PSD-PR) para lembrar o Dia Internacional de Jerusalém, comemorado na última sexta-feira, 8.

 

O Ibraspal (Instituto Brasil Palestina) esteve representado por seu presidente, Ahmad Shehada, e seu secretário-geral, Marcos Tenório, que representou também o Cebrapaz do Distrito Federal.

 

Vários embaixadores compareceram à homenagem, entre eles os da Bolívia, Nicarágua, Jordânia, Guatemala, do Senegal e Azerbaijão. À mesa estiveram os embaixadores do Irã, Seyed Ali Sagheyan, e da Palestina, Ibrahim Alzeben.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou uma carta, lida por Roman, saudando a realização da homenagem. O parlamentar lembrou a importância de Jerusalém para as três religiões monoteístas.

 

Maia ressaltou ainda que o respeito a presença dos palestinos na cidade e a convivência política são fundamentais para a solução do conflito. “Homenagear Jerusalém implica em respeitar a presença palestina na cidade”, frisou.

 

O texto reiterou que o Brasil respeita as posições adotadas pela ONU (Organização das Nações Unidas). “Afrontar as decisões coletivas significa negar a própria mediação internacional, o que contribui para o acirramento de posições”, alfinetou.

 

 

Em seu discurso, o presidente do Ibraspal lembrou que Israel nunca respeitou os direitos dos palestinos. “Desde 1948, ano da Nakba, sucessivas resoluções do Conselho de Segurança (da ONU) condenaram as violações de Israel e as ações ilegais voltadas a judaização da cidade santa para fazer dela a sua capital indivisível. Desde a resolução nº 56, de 19 de agosto de 1948, até a resolução 2.334, de 23 de dezembro de 2016, que não foi contestada pelos Estados Unidos, essas decisões permaneceram letra morta por causa do compromisso dos EUA com Israel, que o protege com a ocupação ilegal.”

 

 

Shehada enfatizou na tribuna que os palestinos vão continuar lutando pelo direito à cidade. “Prometemos que não vamos desistir de Jerusalém. Não vamos abrir mão, nós vamos retornar a Jerusalém, uma cidade palestina aberta, de liberdade de culto para todas as religiões. Esperamos contar com o apoio de todas as pessoas que defendem a Justiça e o Direito Internacional, para não se curvarem à chantagem norte-americana e sionista. A resistência é um direito. Apoiar a resistência é um dever sagrado das pessoas justas e honestas”, frisou. 

 

O deputado Roman revelou que vários parlamentares tentaram cancelar a sessão solene de homenagem a Jerusalém. A bancada evangélica liderou o protesto. O desconhecimento sobre o mundo árabe é total. Alguns não queriam que o evento se referisse a Al Quds, sem saber que a palavra significa Jerusalém na língua árabe.

 

 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) subiu à tribuna para fazer provocações rasteiras. O discurso raivoso provocou reações na plateia. Como de costume, o parlamentar da extrema-direita destilou seu ódio acusando palestinos e árabes de terroristas. E afirmou que os muçulmanos fazem lavagem cerebral em crianças, para incutir nelas o ódio contra Israel. E aproveitou para dizer que é fã do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

 

Marcos Tenório, secretário-geral do Ibraspal, ressaltou que apesar de Israel ser tratado como uma democracia, a democracia só existe para os judeus. Para os árabes, cristãos ou muçulmanos, é reservado o apartheid. E frisou que o mundo precisa se levantar contra essa crueldade.

 

Ele recordou o cancelamento do jogo com Israel pela seleção argentina de futebol e do show em Tel Aviv pelo cantor e compositor Gilberto Gil, como formas de pressão que o movimento BDS (Boicote, Desinvestimentos e Sanções) vem desenvolvendo com sucesso em vários países. Para Tenório, o mundo não viverá em paz enquanto a Palestina estiver submetida à ocupação israelense. E destacou que Israel comete um genocídio contra a população que vive na Faixa de Gaza.

 

Confira a seguir a íntegra da sessão solene

 

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