Israel aprova lei racista que torna território ocupado em Estado judeu
Legislação vai fazer palestinos perderem ainda mais direitos
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
O Knesset, parlamento israelense, aprovou nesta quinta-feira, 19, uma lei que torna Israel um Estado judeu. A legislação vai restringir ainda mais os direitos dos palestinos que vivem no território ocupado.
O texto aprovado prevê, por exemplo, que o hebraico passa a ser a única língua oficial do Estado judeu e reforça que Jerusalém é a capital de Israel.
A nova lei foi chancelada por 62 deputados dos 120 que integram o Knesset e causou revolta entre os parlamentares de origem palestina que fazem parte da Casa legislativa.
Vários deles chegaram a rasgar o documento e jogá-lo para o alto na frente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Centro Legal para os Direitos das Minorias Árabes em Israel considera que a política racista dessa lei é o último esforço israelense para se impor etnicamente sobre os palestinos.
Aproximadamente 20% de palestinos vivem hoje no território ocupado por Israel em 1948. Eles reclamam cotidianamente das práticas racistas e discriminatórias que os consideram cidadãos de segunda classe.
Ainda de acordo com a entidade de direitos humanos, há mais de 65 leis com caráter discriminatório impostas por Israel contra os palestinos.
A ideia de transformar Israel em um Estado exclusivamente judeu surgiu em 2011 por sugestão do Serviço de Segurança Interna sionista.
Com informações da Al Jazeera e Palestina Libre
DEIXE SEU COMENTÁRIO