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Israel ataca barco palestino que tentava furar cerco a Gaza

Flotilha levava 25 pessoas dentre ativistas e pacientes e tinha como destino o Chipre

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

As forças de repressão israelenses atacaram uma flotilha palestina que tentava furar o cerco imposto à Gaza pelo governo sionista, nesta terça-feira, 29, a aproximadamente 14 milhas náuticas da costa.

 

A embarcação apelidada de Barco da Liberdade para Quebrar o Cerco partiu às 10h30 (horário local), do porto de Gaza, e levava 25 pessoas, dentre pacientes, estudantes e ativistas rumo ao Chipre. O objetivo era furar o cerco que já dura mais de uma década.

 

O Barco da Liberdade foi seguido durante o trajeto por quatro embarcações militares de Israel. “Estamos cercados por navios de guerra israelenses à esquerda, à direita, à nossa frente e por trás. Estamos presos no meio”, dizia um dos passageiros que estava na flotilha. Outro pedia preces para os protegerem.

 

No domingo, 27, Salah Abdul-Ati, membro do Comitê Palestino para Romper o Cerco, afirmou em entrevista que essa viagem levaria “a esperança e o sonho do povo palestino por liberdade. O caráter civil da embarcação também foi reforçado.

 

Os palestinos pediram à comunidade internacional que protegesse o barco para garantir a segurança de todos a bordo. Eles alertaram que a flotilha é uma iniciativa puramente civil que visa acabar com o isolamento da Faixa de Gaza e forçar Israel a interromper o sofrimento imposto a mais de dois milhões de pessoas que vivem no território.

 

Os apelos não foram atendidos e a flotilha foi atacada. O porta-voz do grupo, Adham Abu Salmiya, disse esta noite (a Palestina está seis horas à frente do horário de Brasília), que os barcos israelenses dispararam sobre a embarcação danificando parte dela e que foram conduzidos para o porto de Ashdod, em Israel.

 

Essa não é a primeira vez que Israel intercepta uma flotilha de ajuda humanitária. Em 2016, 13 mulheres, incluindo a Nobel da Paz Mairead Maguire, estavam abordo de um barco que havia partido de Barcelona, na Espanha, para denunciar o cerco, e foi interceptado quando se aproximava de Gaza.

 

Outro caso ainda mais grave e que também ganhou repercussão internacional completa oito anos na próxima quinta, 31. O ataque de Israel à Flotilha da Liberdade matou nove ativistas, oito turcos e um estadunidense de origem turca, que levavam ajuda humanitária aos moradores da Faixa de Gaza.

 

Com informações do Centro de Informação Palestino e Middle East Monitor

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