Denúncia é do presidente do Sindicato do Jornalistas Palestinos, Nasser Abu Bakr

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

O fotógrafo Ahmad Abu Hussein baleado na cabeça por soldados israelenses, na última sexta-feira, 13, quando cobria a manifestação da Grande Marcha do Retorno, na fronteira de Gaza, teve a transferência para o hospital de Ramallah, na Cisjordânia, dificultada por autoridades de Israel.

 

A denúncia foi feita pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, Nasser Abu Bakr. "As autoridades israelenses cometeram dois crimes contra Abu Hussein. Um ao baleá-lo na cabeça e outro ao atrasar sua transferência do hospital de Gaza para o de Ramallah. É como se insistissem em matá-lo", enfatiza Abu Bakr.

 

O dirigente declarou que a transferência do jornalista para um hospital da Cisjordânia só foi permitida por Israel, domingo à noite, após “esforços extenuantes" dos funcionários do governo palestino. Há 11 anos Israel mantém um cerco ferrenho a Gaza, que impede que a população saia de seu território, sem a autorização israelense, nem mesmo para se dirigir a hospitais.

 

O sindicalista também enfatiza que Israel se negou a atender Abu Hussein em seus hospitais. Na chegada a Ramallah, dezenas de jornalistas receberam o colega ferido.

 

No último dia 6, o fotógrafo palestino Yaser Murtaja foi morto pelas forças de repressão sionistas enquanto cobria os protestos do segundo final de semana da Grande Marcha do Retorno, perto da fronteira de Gaza. Tanto Murtaja quanto Abu Hussein usavam coletes que os identificavam como profissionais da imprensa.

 

Com informações de Middle East Monitor