Um tribunal militar israelense condenou ontem a adolescente palestina, Ahed Tamimi, com cinco acusações de agressão contra as forças de segurança e lançando pedras às forças armadas, de acordo com Haaretz.

Tamimi, residente de Nabi Saleh na ocupada Cisjordânia, foi presa depois que um vídeo dela e de sua prima, contra as forças de ocupação israelenses, ficaram virais nas mídias sociais. Isso ocorreu momentos depois que as forças de ocupação atingiram sua prima na cabeça com balas de borracha.

 

Além de sua resistência no mês passado, vários incidentes de protesto de maio de 2017 e abril de 2016 foram levados contra Tamimi culminando em cinco acusações de agressão, ou seja, ameaçando um soldado, atacando um soldado em circunstâncias agravadas, interferindo com um soldado no cumprimento de suas funções , incitamento e lançamento de objetos em indivíduos ou propriedade.

 

O tribunal anunciou que a mãe de Ahmed, Nariman Tamimi, também enfrentaria acusações de assalto e de incitamento nas redes sociais, por transmitir o evento no Facebook Live.

 

A acusação de incitamento para mãe e filha também se aplica após a filmagem de sua filha, Ahed, na qual ela pede resistência após a designação do presidente dos EUA, Donald Trump, de Jerusalém como a capital de Israel.

 

"Espero que todos participem dos protestos porque essa é a única solução para alcançar um resultado. Nossa força está em nossas rochas e espero que o mundo inteiro se una para libertar a Palestina, porque Trump anunciou uma decisão e eles precisam assumir a responsabilidade por todas as respostas que virão de nós ", diz a acusação de Ahed.

 

De acordo com a acusação militar israelense, tal declaração constituía uma ameaça: "[Tamimi] tentou verbalmente e, de outras formas, influenciar a opinião pública na área de uma maneira que poderia muito bem perturbar a segurança pública ou a ordem pública".

 

 

 

 

 

Fonte: Middle East Monitor

Tradução: IBRASPAL