Israel diz que não cessará ataques a Gaza mesmo após matar grávida de nove meses e bebê
Decisão foi tomada após reunião das forças de repressão sionistas
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
Os ataques israelenses à Faixa de Gaza que recomeçaram nesta quarta-feira, 8, trouxeram novamente um rastro de sangue e destruição ao território palestino. O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf Al-Qadra, confirmou três mortes e dezenas de feridos, vários em estado grave.
Na quarta, ataques aéreos sionistas tiraram a vida do jovem Ali Al Ghandour, 30 anos, no norte da Faixa de Gaza. Mas o bombardeio desta quinta, 9, que matou a jovem Enas Khamash, 23 anos, grávida de nove meses, e sua filha, Bayan Khamash, de um ano e meio, em Deir Al Balah, na região central de Gaza, chocou o mundo.
Mesmo assim não comoveu o governo israelense. Os ataques aéreos vão continuar. A decisão foi tomada após reunião das forças de segurança, que deu luz verde para estender os ataques à Faixa de Gaza. Não há perspectiva de cessar-fogo.
A pressão israelense também teria atingido a mídia internacional. Sites palestinos acusam a rede britânica BBC de ter deletado um tweet que afirmava que um ataque aéreo israelense havia matado uma mulher e uma criança.
De acordo com os veículos palestinos, o tweet foi substituído por um outro que afirmava que o bombardeio ocorreu após Israel ter sido atacado.
O clima de instabilidade na região fez com que o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, suspendesse a visita programada à Faixa de Gaza.
A ONU já alertou inúmeras vezes para a degradação humanitária imposta pelos ataques israelenses contra a população palestina. As sequelas não são apenas físicas, mas também psíquicas. Muitas crianças ao escutarem os bombardeios buscam refúgio embaixo dos móveis de suas casas.
Os ataques desta quinta também destruíram o Departamento de Água e Saneamento da cidade de Al Mughaqa, no centro de Gaza, e o Centro Cultural Said Al Meshal.
Com informações de Quds News
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