Israel lança banco de dados para atingir as finanças dos ativistas palestinos
O ministério de defesa de Israel emitiu uma ordem administrativa para criar um banco de dados de ativistas palestinos e árabes e direcionar suas atividades financeiras em Israel e no exterior, informou o jornal Yisrael Hayom na terça-feira.
Naftali Bennett, ministro interino da Defesa de Israel descreveu a ordem como, "perseguição econômica" destinada a limitar os ativistas a acessar ativos e administrar suas finanças. Ele disse que a medida fazia parte de uma "guerra ao terrorismo".
A ordem é a primeira do gênero em Israel, segundo Yisrael Hayom. O banco de dados estará disponível para uso em outros países e totalmente acessível ao público, informou o jornal.
Incluirá o nome de centenas de indivíduos supostamente ligados ao movimento palestino do Hamas e ao Hezbollah no Líbano.
A ordem, disse Yisrael Hayom, faz parte de um plano em larga escala do Ministério da Defesa de Israel para estabelecer meios não militares, predominantemente econômicos, para atingir grupos políticos que considere "terroristas".
Segundo a mídia israelense, um dos alvos da ordem é o proeminente advogado palestino Mohammed Jamil Hersh, presidente da Organização Árabe dos Direitos Humanos no Reino Unido.
No passado, Israel acusou o advogado conhecido Mohammed Jamil simplesmente por ser um membro do Hamas como disse.
Em 1992, Israel o expulsou para o sul do Líbano, juntamente com centenas de palestinos que haviam trabalhado como ativistas durante a Primeira Intifada Palestina de 1987.
Hoje Jamil trabalha principalmente em direitos humanos e com organismos internacionais como o Tribunal Penal Internacional, cujo promotor-chefe Fatou Bensouda está tentando abrir uma investigação oficial sobre crimes cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
Fonte: EuroPal Forum
Tradução: IBRASPAL
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