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Israel mata ao menos mais três palestinos na Marcha do Retorno desta sexta, 27

Pela primeira vez, manifestantes conseguiram cortar cerca e pisar em território ocupado

 

 

Por Lúcia Rodrigues

 

As forças de repressão israelenses mataram pelo menos três palestinos e feriram mais de 600, nesta sexta, 27, durante as manifestações da Grande Marcha do Retorno, na fronteira da Faixa de Gaza. Mohammed Amin al-Maqid, de 21 anos, e Abdel Salam Bakr, de 29 anos, estão entre os mortos. O nome da terceira vítima ainda não foi divulgado.

 

Pela primeira vez, desde que as manifestações da Marcha do Retorno começaram no dia 30 de março, palestinos conseguiram pisar em território ocupado por Israel ao cortar a cerca que isola Gaza.

 

 

Mais uma vez jornalistas e médicos foram alvos dos soldados israelenses. Ainda não se tem o número exato de profissionais feridos pelas armas sionistas.

 

O jornalista Abdel Rahman Al Kahlout foi baleado na perna. Ele usava capacete e colete que o identificava como imprensa, no momento em que foi atacado. O fotógrafo Hashim Hamada foi ferido por uma bomba que atingiu sua cabeça.

 

Iyad Abu Ghaza, Hassan Yousef e Lana Shaheen também foram feridos enquanto cobriam o protesto, mas não há informações sobre o estado de saúde dos três.

 

Autoridades palestinas acusam Israel de continuar a atacar sistematicamente jornalistas que cobrem a Marcha do Retorno. Dois fotógrafos palestinos já foram mortos por soldados israelenses. Ahmed Abu Hussein morreu no último dia 25, depois de ter sido baleado na manifestação do dia 13.

 

O fotógrafo palestino Yaser Murtaja foi assassinado pelas forças de repressão de Israel no último dia 6. Os dois usavam coletes que os identificavam como profissionais de imprensa quando foram baleados.

 

O grupo israelense de direitos humanos B'Tselem enviou uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pedindo que o órgão intervenha para impedir o uso de força letal pelas forças israelenses contra os manifestantes palestinos na Faixa de Gaza.

 

A morte do adolescente Mohammad Ayoub, de 14 anos, baleado na cabeça a cerca de 150 metros da fronteira levou o representante da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nikolay Mladenov, a se manifestar no Twitter exigindo que Israel pare de atirar em crianças.

 

Na próxima sexta-feira, 4, ocorre a sexta manifestação da Grande Marcha do Retorno na fronteira da Faixa de Gaza com Israel. De acordo com o líder do Hamas,  Ismail Haniyeh, os protestos devem se estender para a Cisjordânia a partir do dia 15 de maio, considerado o pico das manifestações pelo direito de retorno.

  

Segundo o dirigente político, a decisão foi tomada pelo Comitê da Marcha do Retorno e Rompendo o Cerco e pretende atrair apoio à manifestação que nasceu em Gaza. "Chamo todas as pessoas livres ao redor do mundo para ficar ao lado de nosso povo."

  

Com informações da Quds Press International News Agency e do Arab 48

 

 

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