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Israel mata mais um palestino na Marcha do Retorno e mortos vão a 52

Jabr Salem Abu Mustafa, de 40 anos, foi baleado no peito ao sul da Faixa de Gaza

Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

As forças de repressão israelenses mataram mais um palestino e feriram mais de 700 nesta sexta-feira, 11, durante a Grande Marcha do Retorno. Jabr Salem Abu Mustafa, de 40 anos, foi baleado no peito, em Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.

 

Com a morte de Mustafa sobe para 52 o número de palestinos executados por soldados sionistas desde o início das manifestações no dia 30 de março.

 

Mas o total de vítimas pode aumentar a qualquer momento. Dos 731 feridos nesta sexta, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, 10 pessoas estão em estado grave, três delas, em estado gravíssimo.

 

Os tiros atingiram cabeça, pescoço, abdômen, tórax, costas, pelve. Os snipers israelenses também têm atingido com frequência as articulações das pernas dos manifestantes.

 

Vários deles já tiveram os membros amputados em função dos ferimentos. O objetivo, segundo palestinos, seria inabilitá-los para participarem de novos protestos.

 

Mais um jornalista foi baleado nesta sexta. Motasem Dalloul, correspondente do Middle East Monitor em Gaza, está hospitalizado após ter sido atingido por soldados sionistas na fronteira de Gaza com Israel.  

 

Mais de 70 jornalistas foram feridos desde o início dos protestos. Dois fotógrafos foram mortos. Yaser Murtaja foi assassinado pelas forças de repressão de Israel no dia 6 de abril e Ahmad Abu Hussein morreu no dia 25, depois de ter sido baleado na manifestação do dia 13.

 

Na próxima terça, 15, ocorre o ápice das manifestações da Grande Marcha do Retorno. A data marca os 70 anos da Nakba (catástrofe, em tradução do árabe), quando Israel expulsou milhares de palestinos de suas terras e casas para assentar em seu lugar colonos israelenses. 

 

O direito dos palestinos poderem retornar ao território ocupado por Israel é assegurado pela própria ONU (Organização das Nações Unidas). Mas os sionistas nunca respeitaram esse direito. Até mesmo os filhos e netos desses palestinos são impedidos de conhecerem a terra dos antepassados.

 

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, já anunciou que os protestos devem se estender para a Cisjordânia a partir do dia 15 de maio, considerado o pico das manifestações pelo direito de retorno.  

 

Com informações da Quds Press e do Middle East Monitor 

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