Israel matou 149 palestinos em 2019
Durante 2019 as forças de ocupação israelitas mataram 149 palestinos, incluindo 33 menores, nos territórios palestinos ocupados, informa a organização Encontro Nacional das Famílias dos Mártires Palestinos.
À Faixa de Gaza correspondem 112 palestinos vitimados pelas forças repressivas, enquanto 37 foram mortos na Cisjordânia ocupada.
Segundo declarações de Mohamed Sobehat, secretário-geral da organização, citado pela Quds Press, o número anual de mortos palestinos durante os últimos cinco anos foi em média de 161.
Os 33 menores mortos em 2019 pelas forças de ocupação representam um aumento de 23% relativamente ao ano anterior.
Dos 112 palestinos mortos em Gaza, 69 pereceram sob ataques aéreos israelitas. O caso mais trágico foi talvez o assassínio de oito pessoas da família Abu Malhous — incluindo quatro crianças e duas mulheres —, cuja casa foi atacada e completamente destruída por um míssil disparado por um avião F16 durante a agressão israelita de Novembro.
Em 2019 as forças de ocupação israelitas retiveram os corpos de 15 palestinos, elevando para 306 o número de corpos retidos por Israel. Alguns estão conservados em câmaras frigoríficas, outros enterrados nos chamados «cemitérios de números».
Nesses cemitérios, a que Israel chama «cemitérios para os mortos inimigos», estão enterrados — em túmulos sem nome, marcados por números — palestinos que morreram durante ataques contra israelitas. Os palestinos consideram esses ataques actos de resistência legítimos contra uma ocupação violenta que dura há 50 anos.
A retenção por Israel dos restos mortais de muitos dos palestinos que assassinou pode ser considerada uma forma de punição colectiva, já que priva as famílias de realizar as cerimónias fúnebres e fazer o necessário luto.
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