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Israel matou adolescentes em Gaza e forjou vídeo divulgado

Investigação revelou que houve adulteração no conteúdo apresentado


Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

Militares israelenses mataram dois adolescentes palestinos no último dia 14 de julho, na Praça Al Katiba, na Faixa de Gaza. Mas para se eximir da culpa pela morte de Amir Al-Nimrah, 15, e Luai Kahil, 16, divulgaram vídeo em que adulteram a realidade.

 

Os garotos foram mortos por um míssel disparado por soldados sionistas. No entanto, autoridades israelenses afirmam que era um disparo de advertência antes do ataque mais intenso.

 

Investigação conduzida pelo grupo de pesquisa Forensic Architecture, de Londres, e pela entidade de direitos humanos israelense B'Tselem concluiu que o argumento é uma farsa.

 

Segundo informação divulgada pelo The New York Times, a investigação constatou que os meninos estavam sentados quando foram atingidos por um míssil.

 

Ainda de acordo com a investigação, às 17h45 os militares israelenses dispararam o primeiro míssil de quatro, antes do bombardeio mais intenso.

 

E foi justamente esse primeiro míssil de "advertência" que matou os dois meninos.

 

O ataque de "advertência" de julho não é o primeiro que tira a vida de palestinos.

 

Os tais mísseis de "advertência" são tão letais quanto os programados para destruir a Faixa de Gaza.

 

A investigação revelou que o vídeo divulgado pelo Exército omitiu o primeiro ataque. E divulgou os demais depois que os corpos dos garotos já haviam retirados do local.

 

"Não sabemos se os meninos eram visíveis para os militares antes do primeiro ataque", disse Amit Gilutz, porta-voz do B'tselem.

 

Um porta-voz do Exército afirmou ao The New York Times "que a Força Aérea de Israel não notou que os dois adolescentes estavam em perigo". Ele negou ainda qualquer tentativa de distorcer a cobertura do ataque.

 

Com informações de Middle East Monitor

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