As autoridades de ocupação israelenses prenderam 280 palestinos desde outubro de 2015 por postagens ou likes nas mídias sociais, disse o Comitê de Prisioneiros e Prisioneiros Libertos Palestinos da OLP, no domingo.

De acordo com a Quds Press, o chefe do departamento de estudos e documentação com o Comitê disse que Israel aumentou o número de detenções de usuários de redes sociais, incluindo mulheres e crianças que publicaram, comentaram positivamente ou gostaram de conteúdo de mídia social pró-palestino. Abdel-Naser Ferwaneh explicou que a maioria dos detidos é da ocupada Jerusalém. Enquanto alguns foram indiciados e condenados à prisão ou multados, outros foram mantidos sob detenção administrativa, sem acusação nem julgamento.

 

Os tribunais israelenses proibiram aqueles que foram libertados da prisão de usar as mídias sociais por períodos especificados pelos próprios tribunais. O funcionário palestino acrescentou que essa detenção pelo uso das mídias sociais "é arbitrária e viola todas as leis internacionais e as convenções de direitos humanos que garantem a liberdade de expressão.

 

Israel tem uma unidade especial dedicada ao monitoramento do uso palestino das mídias sociais para expressar sua rejeição com a ocupação israelense e suas práticas contra o povo da Palestina.

 

O Centro de Prisioneiros Palestinos observou que as autoridades de ocupação israelenses prenderam 5.700 palestinos desde o início deste ano, incluindo 1.980 da ocupada Jerusalém. Embora centenas tenham sido liberados depois de questionar, dezenas foram mantidas sob custódia. Dos 6.400 prisioneiros palestinos presos por israelenses, 52 são mulheres e 10 são meninas e 300 meninos. Enquanto 11 dos prisioneiros são deputados, há cerca de 450 prisioneiros palestinos presos sob ordens de detenção administrativa.

 

Fonte: Middle East Monitor