Israel prendeu mais de 15 mil mulheres palestinas em 50 anos
O caso da adolescente Ahed Tamini, de 17 anos, ganhou repercussão internacional
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
Milhares de mulheres protestaram nesta quarta-feira, 7, nas ruas da Faixa de Gaza, para denunciar a violência de Israel contra as mulheres palestinas. O protesto antecipou a data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Os números divulgados pelo Comitê da OLP (Oganização para a Libertação da Palestina) para Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros impressionam. Desde 1967, as forças de repressão sionistas prenderam mais de 15 mil palestinas.
Um dos casos mais recentes e que ganhou repercussão internacional é o da adolescente Ahed Tamini, 17 anos, presa desde dezembro do ano passado sem julgamento.
O relatório da OLP acusa Israel pelos constantes ataques contra as mulheres palestinas. Abdel Nasser Ferwaneh, responsável pela elaboração do documento, revela que desde 2015, após a Intifada, os militares israelenses prenderam 445 palestinas. Muitas das quais crianças e adolescentes.
Ferwaneh conta ainda que dezenas de palestinas são feridas pelos militares israelenses antes de serem presas. Fatemeh Taqatqa, de 15 anos, é um dos casos que exemplifica a barbárie sionista. Ela foi baleada antes de ser detida e morreu no cárcere.
As condições dos presídios de Israel são extremamente precárias. Frequentemente é negado atendimento médico adequado para essas mulheres. As palestinas também são encarceradas ao lado de criminosos. A prática se repete com as crianças e adolescentes presas. Neste momento há pelo menos 10 menores de idade em cárceres israelenses.
"Na maioria das vezes, as palestinas são presas dentro de suas casas no meio da noite", explica Ferwaneh. "Na prisão são espancadas e submetidas a torturas físicas e psicológicas." Muitas mulheres também são colocadas em confinamento solitário.
A última mulher palestina presa por Israel é a estudante da Universidade Aberta de Al-Quds, Fatemeh Jarrar, 20. Ela foi detida na cidade de Jenin, na Cisjordânia.
Com informações do Middle East Monitor
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