Israel prendeu mais de 600 palestinos em maio
Aproximadamente seis mil palestinos estão detidos em prisões israelenses
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
As forças de ocupação israelenses prenderam mais de 600 palestinos no mês passado. Destes, 94 são crianças e adolescentes e nove, mulheres.
O levantamento foi feito por grupos de direitos humanos, como a Associação de Prisioneiros Palestinos, Addameer, a Comissão de Detentos e Ex-Detentos e o Centro Al-Mezan de Direitos Humanos.
Os dados revelam que militares sionistas detiveram 197 palestinos em Jerusalém, 104 em Ramallah e Al-Bireh, 70 em Hebron e 33 em Jenin. Outras 44 prisões foram registradas em Belém, 48 em Nablus, 15 em Tulkarm, 32 em Qalqilya e cinco em Tubas, 20 em Salfit, oito em Jericó e 29 na Faixa de Gaza.
Além dessas prisões, foram emitidas mais 83 ordens de detenção administrativa pelas autoridades israelenses, incluindo 36 renovações.
Atualmente existe aproximadamente seis mil prisioneiros palestinos detidos em prisões de Israel. Destes, 350 são menores de idade e 56 são mulheres. A adolescente Ahed Tamimi engrossa essa lista macabra.
O caso da palestina Israa Jaabis, 34, condenada em 2016 a 11 anos de prisão e multa pelo tribunal militar israelense é ainda mais dramático. Ela sofreu queimaduras gravíssimas ao ter o carro atingido por bombas lançadas por soldados sionistas.
O impacto das bombas provocou a explosão do carro onde ela transportava um botijão de gás para sua nova casa. Ela estava mudando de residência e transportando pequenos objetos no próprio automóvel.
Como estava próxima a um posto militar ao ser atingida pelas bombas, foi acusada de ter detonado um carro-bomba. No acidente Israa perdeu os dedos das mãos e teve o rosto queimado. Até hoje não recebeu o atendimento médico necessário.
De acordo com entidades de direitos humanos, a jovem, que é casada e mãe de uma menina de 10 anos, deveria ter sido submetida a oito intervenções cirúrgicas.
A negligência médica e a falta de remédios tornam a vida no cárcere ainda mais difícil para os prisioneiros palestinos. As mulheres sofrem ainda mais. A proibição das visitas torna a dor das mães maior.
Elas também são humilhadas constantemente. Nas idas ao tribunal militar são revistadas nuas e levadas um dia antes das audiências e colocadas em uma sala com banheiro e câmeras ligadas 24 horas.
Com informações do Middle East Monitor e Arab 48
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