Israel prorroga prisão sem julgamento de ativista de Direitos Humanos
O palestino-francês Salah Hamouri está detido desde 23 de Agosto do ano passado
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
As autoridades israelenses estenderam a prisão sem julgamento do ativista de direitos humanos, Salah Hamouri, por mais quatro meses. O palestino-francês está preso desde 23 de agosto do ano passado, quando foi detido em sua casa em Jerusalém, na Cisjordânia.
Seis dias após a prisão, o ministro da Defesa israelense, o ultradireitista Avigdor Lieberman, havia emitido um decreto de prisão administrativa determinando que Hamouri deveria permanecer encarcerado por seis meses.
Mas nesta segunda, 26, Liberman resolveu prorrogar a prisão até pelo menos o dia 28 de junho. A decisão foi duramente criticada pela vice-diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e África do Norte, Magdalena Mughrabi.
"Isso viola o direito a um julgamento justo. Sua detenção contínua sem uma acusação. É uma violação ao direito de liberdade. Salah Hamouri deve ser julgado ou libertado imediatamente", afirmou indignada.
Para a Anistia Internacional, a detenção de Hamouri demonstra o recurso ultrajante da prisão administrativa utilizado por Israel. "Isso vem crescendo constantemente ao longo dos anos de ocupação israelense", reforça.
"A Anistia Internacional pede a Israel que acabe com o uso dessa prática, que coloca os detidos e suas famílias em estado contínuo de incerteza", argumenta.
Hamouri é ativista do Addameer, um grupo de direitos humanos de apoio aos prisioneiros palestinos. A organização criticou a prisão do colega e informou quais são as ações dele no grupo.
"Ele é o responsável pelo contato com ex-prisioneiros e suas famílias, para coletar informações sobre as detenções e condições em que foram mantidos presos."
"Pedimos às autoridades da ocupação isralense que cancelem a prorrogação da prisão e libertem Salah imediatamente." O Addameer também quer que representantes franceses e da União Europeia condenem publicamente a prisão ilegal do ativista.
Com informações do Middle East Monitor
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