Israel quer proibir professores de apoiarem BDS
Parlamentares palestinos também são impedidos de ir ao exterior falar sobre boicote
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
O governo israelense quer proibir professores universitários de se posicionarem favoravelmente ao BDS, o movimento que defende o boicote, desinvestimentos e sanções a Israel, em repúdio à feroz repressão praticada cotidianamente contra o povo palestino.
O documento que pretende impedir os acadêmicos de se manifestarem a favor do boicote ao sionismo foi apresentado pelo ministro da Educação de Israel, Naftali Bennett. O texto também proíbe estudantes e funcionários de universidades de externalizar suas opiniões a respeito do tema.
Assim como a extrema-direita brasileira, o “código de ética” quer proibir o que classifica como propaganda partidária na educação. O documento quer censurar inclusive a publicação de artigos assinados por esses acadêmicos com posicionamentos políticos favoráveis ao BDS. A justificativa é que isso evita que transpareça que a opinião também é da instituição.
Palestrantes também serão impedidos de manifestar sua posição política sobre o assunto. De acordo com os sionistas, é preciso barrar uma plataforma de ensino que estimule o posicionamento político, que excederia o exigido pela grade curricular dos cursos. O código foi enviado aos reitores das universidades de Israel.
Mas não são só os acadêmicos que estão na mira de Israel. Parlamentares também são alvos do ataque. Deputados do Knesset, o parlamento israelense, foram impedidos de ir ao exterior convidados por grupos que apoiam o BDS.
Seus nomes estão em uma lista negra organizada pelo governo sionista para perseguir quem se posiciona a favor do boicote a Israel. O ministro de Assuntos Estratégicos, Gilad Erdan, elogia a decisão. "É inaceitável que um membro do Knesset ajude as organizações de boicote.”
Com informações do Middle East Monitor
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