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Israel tortura adolescentes palestinos, denuncia entidade de direitos humanos

Relatos dos jovens subsidiou denúncia feita contra maus-tratos praticados por soldados

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

A Comissão de Assuntos dos Presos afirmou nesta terça-feira, 7, que militares israelenses torturam menores em prisões sionistas. A denúncia foi feita com base em relatos dos próprios adolescentes que sofreram a violência.

 

Testemunhos revelam as formas de agressão sofridas desde o momento da prisão. Os jovens relatam que foram submetidos a torturas sistemáticas durante e após a detenção pelas forças de repressão israelenses.

 

A advogada da Comissão, Hiba Ighbarieh, sistematizou as denúncias de três adolescentes da prisão de Majido.

 

Munir Dari, de 16 anos, morador do bairro Issawiyeh, em Jerusalém oriental, contou que desde sua detenção foi agredido por vários militares que o golpearam por todo o corpo. No centro penitenciário, o adolescente foi espancado e agredido verbalmente para confessar os crimes que lhe eram imputados.

 

Morador do mesmo bairro, Fahd Qeisieh, de 17 anos, também foi agredido logo após ser preso durante um enfrentamento de palestinos com as forças repressivas de Israel.

 

Ele conta que um policial o arrastou até um veículo militar e que outro soldado pisou em suas costas enquanto outros militares o golpeavam violentamente e o obrigaram a continuar prostrado no chão.

 

O espancamento continuou na prisão Majido, onde foi agredido nas mãos, pernas, costas e no rosto com um pedaço de pau. Qeisieh relata que foi obrigado a se ajoelhar para confessar os crimes de que o acusavam.

 

O adolescente Firas Masri, de 17 anos, também foi duramente agredido por vários soldados quando foi preso em um posto de controle do Exército, próximo da cidade de Qalqilya, ao norte da Cisjordânia ocupada.

 

Ele relata que foi jogado no chão sobre cascalhos e golpeado na cabeça e nas costas. Depois disso, foi vendado e algemado e arrastado pelo chão por uma distância grande até ser jogado dentro de um jipe militar e ser levado a um posto de polícia no assentamento de Ariel.

 

Com informações do Palestina Libre e Prensa Latina

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