A lista que incluiria o atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Beny Gantz, estava sendo mantida em segredo por temer que sua liberação colocasse em risco os oficiais nela mencionados, que poderiam estar sujeitos a prisão por terceiros, e países caso a investigação avance.

Israel está preparando uma lista de entre 200 e 300 funcionários que podem ser investigados caso o Tribunal Penal Internacional (TPI) avance nas investigações de supostos crimes de guerra nos territórios palestinos, informou o jornal local Haaretz.

O jornal considera que Israel faz parte dessa lista porque "o tribunal pode vê-la como uma admissão oficial da participação dessas autoridades nos incidentes sob investigação".

A divulgação da existência desta lista ocorre na antecâmara da decisão, esperada por meses, sobre se à Palestina, que tem o status de observadora da ONU e assinou o Estatuto de Roma, carta fundadora do TPI -, reúne os condições para que o tribunal seja competente para iniciar investigações.

O tribunal encarregado de tomar esta decisão avaliará os argumentos do promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda, que pediu em dezembro passado para abrir uma investigação por supostos crimes de guerra.

Se os juízes deram luz verde às investigações, o Ministério Público poderá ir aos territórios palestinos para coletar evidências, testemunhos de vítimas e, eventualmente, emitir mandados de prisão, que poderiam atingir não apenas as autoridades israelenses, mas também membros do movimento islâmico Hamas, que de fato controla a Faixa de Gaza desde 2007.

 

Fonte: www.lavanguardia.com

Tradução: IBRASPAL