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Jornalismo sob ataque: aumento da agressão contra jornalistas e liberdade de imprensa na Palestina

Jornalistas feridos, agredidos, detidos e presos é a rotina diária do "trabalho perigoso" jornalístico sob a ocupação militar israelense. Infelizmente, a imprensa ocidental esconde esses fatos, dando um manto de impunidade aos agressores que só incentivam atrocidades e violações de liberdades e direitos humanos.

Durante o mês de setembro, houve um aumento significativo no número de violações à liberdade de mídia na Palestina. O Centro Palestino para o Desenvolvimento e as Liberdades da Mídia "MADA" monitorou e documentou um total de 31 ataques durante este período, em comparação com um total de apenas 11 que foram registrados durante o mês anterior.

Este aumento foi produzido como resultado das agressões que jornalistas e meios de comunicação palestinos foram submetidos durante o curso do trabalho e sua cobertura de atividades palestinas pacíficas, cujo círculo se expandiu relativamente este mês em comparação com o anterior, apesar das restrições sanitárias devido à expansão do coronavírus nos territórios ocupados, bem como ao aumento do número de violações por parte das autoridades palestinianas tanto na Cisjordânia como em Gaza e ao encerramento pela empresa Facebook de três páginas de jornalistas e sites de notícias.

Quanto aos ataques e abusos israelenses contras os palestinos, durante o mês de setembro, foram registrados pelo menos 13 ataques a jornalistas.

Todas as violações e agressões israelenses ocorreram como parte dos graves ataques a jornalistas e à liberdade da mídia na Palestina, onde 7 jornalistas foram feridos por balas de metal e bombas de gás lacrimogêneo. Dezenas de jornalistas foram atacados fisicamente pelos soldados e colonos para obstruir o trabalho jornalístico e evitar a cobertura dos acontecimentos, três jornalistas também foram presos e a equipe de TV palestina no terreno, jornalistas, cinegrafistas, técnicos e o motorista foram agredidos por soldados israelenses onde o equipamento de filmagem e transmissão foi destruído e o celular de transmissão para TV foi confiscado.

Os jornalistas feridos foram identificados como: Fadi Yassin que foi levado ao hospital, por ter sido espancado gravemente, Mahmoud Abdul-Ghani ferido por uma bala de metal no ombro, Jaafar Shtayyeh espancado pelos colonos, Adel Abu Nimah, foi ferido e atacado duas vezes colonos e foi hospitalizado por asfixia, Nidal Shtayyeh recebeu duas balas de metal nas costas e no ombro e o jornalista Nasir Shtayyeh foi atingido diretamente na parte superior das costas por uma bomba de gás.

Por sua vez, os jornalistas foram detidos: Osama Shaheen, dias depois foi transferido para prisão administrativa por 4 meses, a prisão de Abdul Mohsen Shalalda e a prisão do jornalista. Mujahid Merdawi ao retornar do exterior, além de impedir a equipe de televisão palestina de cobrir um evento pacífico anti-assentamento, impediu-o de cobrir a demolição de casas nos vales e o confisco de um veículo de televisão.

As forças de ocupação israelenses prenderam o jornalista Tariq Abu Zaid na madrugada de 1º de outubro, após invadir sua casa em Nablus.

Fonte: Correspondente PalestinaLibre.org em Jerusalém ocupada

Tradução: IBRASPAL

Foto: Agência Maan

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