Jornalistas palestinos protestam contra assassinatos de Israel
Eles acusam governo sionista de ser mandante dos crimes e pedem fim da matança
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
Jornalistas palestinos protestaram neste domingo, 6, na cidade de Al-Bireh, na Cisjordânia, contra as constantes agressões praticadas por Israel contra profissionais da imprensa que cobrem a Grande Marcha do Retorno na fronteira da Faixa de Gaza.
Mais de 70 jornalistas já foram feridos desde o início dos protestos, em 30 de março, e dois fotógrafos foram mortos. Yaser Murtaja foi assassinado pelas forças de repressão de Israel no dia 6 de abril e Ahmad Abu Hussein morreu no dia 25, depois de ter sido baleado na manifestação do dia 13. Os dois usavam coletes que os identificavam como profissionais de imprensa quando foram atingidos pelos disparos.
Antes do protesto, os jornalistas se reuniram em conferência e ressaltaram que as agressões são crimes cometidos a mando das lideranças políticas israelenses. O presidente do Sindicato dos Jornalistas da Palestina, Nasser Abu-Baker informou que estão sendo feitos esforços para levar os autores dos crimes ao Tribunal Penal Internacional.
Abu-Baker ressaltou que os crimes cometidos pelas forças de repressão israelenses contra os jornalistas querem apagar a narrativa palestina, para que só Israel consiga contar a sua versão.
Depois do encontro, os jornalistas participaram de uma passeata, vestidos com coletes de imprensa, e se dirigiram à entrada da cidade, onde está localizado o posto de controle militar de Beit El. Eles criticaram as agressões que têm sofrido e conclamaram o governo israelense a parar de matar jornalistas palestinos.
A manifestação também lembrou o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, comemorado na quinta, 3.
Com informações do Middle East Monitor
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