Justin Bieber enfrenta retaliação na África do Sul por causa de show em Israel
Parece que Justin Bieber ainda se apresentará na Palestina ocupada, apesar de todos os pedidos para boicotar a apresentação.
A estrela pop canadense Justin Bieber está enfrentando uma crescente revolta na África do Sul por causa de uma próxima viagem a Israel, onde se apresentará, com os sul-africanos ameaçando “cancelar” o cantor se ele não cancelar a viagem.
Ativistas do grupo juvenil Africa4Palestine compraram um grande número de ingressos para sua próxima Justice World Tour, prometendo atrapalhar os shows de Bieber que acontecerão na Cidade do Cabo no final de setembro e em Joanesburgo em 1º de outubro.
O grupo, ao lado da sociedade civil palestina, está pedindo a Bieber que respeite o boicote ao regime de apartheid israelense e cancele seu show em Tel Aviv em 13 de outubro.
A turnê do cantor é ironicamente chamada de "Justice World Tour", título que descreve o principal valor que a ocupação israelense refuta ao lidar com árabes em geral e palestinos em particular.
O grupo lembrou como os artistas cruzaram a linha vermelha e "estavam do lado errado da história [...] quando se apresentaram no Apartheid África do Sul". Eles compararam o que aconteceu naquela época com o que está acontecendo hoje. "Da mesma forma, hoje, um artista cruza a linha de piquete quando se apresenta no Apartheid Israel."
Desde o lançamento do boicote cultural à ocupação israelense, o grupo disse: "Milhares de artistas em todo o mundo cancelaram seus shows em Israel e se recusaram a se apresentar no Apartheid Israel, incluindo uma série de superstars globais como Roger Waters do Pink Floyd, Lauryn Hill, Chuck D, LadySmith Black Mambazo, Lorde da Austrália, Salif Keita do Mali e muitos outros."
A Africa4Palestine concluiu sua declaração pedindo a Justin Bieber que cancelasse seu show em Israel, alertando para uma séria reação negativa.
"Os sul-africanos e muitos outros em todo o mundo não aceitarão uma turnê chamada 'Justiça' que inclua o Apartheid Israel."
Os pedidos para que Bieber boicote a ocupação israelense estão em andamento desde novembro do ano passado, com várias organizações pedindo ao cantor que cancele sua apresentação agendada.
A organização de base norte-americana Codepink iniciou uma petição pedindo a Bieber que recusasse a flagrante violação dos direitos humanos perpetrada pela ocupação israelense contra os palestinos, cancelando seu show.
Em sua carta aberta, a Codepink enfatizou o fato de que “Israel está praticando o apartheid” já que a ocupação “desapropria os palestinos de suas terras, demole casas palestinas, submete palestinos a postos de controle, prisão de crianças e inúmeras humilhações e violências diárias”.
Esta não é a primeira vez que Bieber é criticado, já que ele foi alvo de uma campanha online sobre se apresentar na Arábia Saudita, liderada principalmente por Hatice Cengiz, noiva do jornalista saudita Jamal Khashoggi, cujo assassinato em 2018 dentro do consulado saudita em Istambul provocou indignação internacional.
"Esta é uma oportunidade única de enviar uma mensagem poderosa ao mundo de que seu nome e talento não serão usados para restaurar a reputação de um regime que mata seus críticos", disse Cengiz a Bieber em um editorial do Washington Post
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