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Lançamento do Instituto Brasil Palestina

Na Assembleia Legislativa de São Paulo 20/10/2017

Uma instituição brasileira independente, cuja atividade principal é fortalecer as relações entre Brasil e Palestina a solidariedade ativa à luta do povo palestino, que vive o flagelo da ocupação israelense e da busca pelo mais elementar dos direitos humanos, que é o da vida e de viver em paz.
O IBRASPAL nasceu para se somar a essa luta grandiosa, a luta mais abrangente da humanidade em nossos dias, que a causa de libertação da palestina.
Não pretende suplantar ou substituir qualquer organização ou movimento de solidariedade ao povo palestino em nosso Brasil. Pretende, sim, participar e cooperar com todos os órgãos e instituições de interesse comum.
Apoiamos uma paz justa, baseada na restauração dos direitos do povo palestino, o fim dos territórios ocupados, o retorno dos refugiados e pessoas deslocadas e expulsas de suas casas, com o estabelecimento de um Estado palestino democrático, com unidade territorial integral, tendo Jerusalém como sua capital, a terra e o lar do povo palestino, terra sagrada e abençoada que tem lugar especial no coração de todos aqueles que querem a justiça e o respeito aos direitos.
O IBRASPAL se empenhará em dar visibilidade aos fatos diários desse conflito quase secular, bem como o empenho solidario à luta da Resistência e da Intifada Palestina pelo direito histórico, jurídico, político e nacional do povo palestino.

 

Discurso do presidente, Dr. Ahmed Shehada:

Em nome de Deus, Clemente e Misericordioso.

Boa noite, senhoras e senhores.

Quero, inicialmente, agradecer a presença de todas as pessoas que se dirigiram a este ato de lançamento do Instituto Brasil-Palestina – IBRASPAL.

Saudar ao deputado estadual Alencar Santana, autor da proposição para a realização deste ato, a quem agradeço imensamente pelo gesto de solidariedade com os nossos dois povos.

Saudar a todas as pessoas queridas que compõem a Mesa deste ato solene.

Quero igualmente saudar e agradecer a presença de todos os nossos irmãos sheiks muçulmanos aqui presentes.

Saudar nossos irmãos cristãos. Sejam bem vindos!

Saudar os representantes de partidos políticos e de outras organizações solidárias com a causa da Palestina, aqui presentes.

Senhoras e senhores.

Fazia tempo que um grupo de pessoas de diferentes credos religiosos e orientações ideológicas pensavam em criar uma organização independente, para ampliar e fortalecer o intercâmbio entre o Brasil e a Palestina, no sentido mais amplo possível.

Uma organização que alargasse os nossos laços de amizade, a troca de culturas, de amizade e de solidariedade ativa, sem interferir nas políticas nacionais afirmando sagrado direito do povo palestino à sua autodeterminação.

Queríamos manter e fortalecer as boas relações bilaterais entre o Brasil e a Palestina, desejando a ambos o progresso e a prosperidade.

E assim nasceu o Instituto Brasil-Palestina – IBRASPAL, como uma instituição brasileira independente, sem vínculo partidário, ideológico ou religioso, defensor do respeito e da pluralidade do país em que vivemos e guiado pelo amor ao Brasil e pela Palestina, pela justiça, o respeito aos direitos e à verdade.

O IBRASPAL nasceu para se somar a essa luta grandiosa, a luta mais abrangente da humanidade em nossos dias, que a causa de libertação da palestina.

Não queremos suplantar ou substituir qualquer organização ou movimento de solidariedade ao povo palestino em nosso Brasil. Queremos, sim, participar e cooperar com todos os órgãos e instituições de interesse comum.

Seremos mais um polo de divulgação da verdade sobre o que acontece na Palestina. A verdade baseada na realidade, não aquela baseada no senso comum da mídia ocidental ou das telas de Hollywood, porque acreditamos que a verdade e o respeito aos direitos de todos, é o que mais precisamos para minar e derrotar o projeto terrorista do usurpador sionista.

Buscamos e aspiramos a ser uma fonte fidedigna de pesquisas para estudantes e jornalistas, sobre tudo o que acontece na Palestina.

A nossa causa central, é a causa da Palestina, de uma terra ocupada, de um povo deslocado e oprimido.

Somos contrários ao projeto sionista na terra palestina, porque é um projeto racista, agressivo, colonial e expansionista baseado no cerco de propriedades de outros. Um projeto hostil ao povo palestino e a sua aspiração por liberdade, libertação, retorno e autodeterminação.

Somos contra o projeto sionista. Não somos contra judeus, porque são judeus, ou por causa de sua religião, embora o sionismo seja constantemente identificado com o judaísmo e os judeus com seu projeto colonial e sua ocupação ilegal.

Apoiamos uma paz justa, baseada na restauração dos direitos do povo palestino, o fim dos territórios ocupados, o retorno dos refugiados e pessoas deslocadas e expulsas de suas casas, com o estabelecimento do Estado Palestino soberano e tendo Jerusalém como sua capital.

Jerusalém tem e terá sempre seu status religioso, histórico e civilizacional. É fundamental a árabes, muçulmanos e ao mundo em geral. Os lugares sagrados islâmicos e cristãos pertencem exclusivamente ao povo palestino.

As medidas tomadas pelos ocupantes em Jerusalém como a judaização, construção de assentamentos e estabelecendo fatos consumados são fundamentalmente nulas perante o Direito Internacional.

Apoiamos o estabelecimento de um Estado palestino democrático, com unidade territorial integral, a terra e o lar do povo palestino, terra sagrada e abençoada que tem lugar especial no coração de todo palestino,  árabe independente da sua religião. Tem um lugar no coração de todos aqueles que querem a justiça e o respeito aos direitos.

Terra em que todos os homens e mulheres que ali vivam, sejam iguais em direitos e deveres e rejeitamos todas as formas de discriminação e exclusão.

Não compactuamos com violações de direitos. Defendemos a igualdade entre raças e religiões.

Rejeitamos o terrorismo e o banditismo, especialmente o crime da ocupação. No entanto, afirmamos o direito do povo palestino e de outros povos que sofrem com ocupações a lutar pela libertação de seus territórios, por todos os meios garantidos pelo Direito Internacional e pela Carta das Nações Unidas.

Rejeitamos a caracterização dos movimentos pela democracia e liberdade como terrorismo.

Congratulamo-nos com o acordo de reconciliação Palestino, assinado sob os auspícios do Egito. Solicitamos às partes envolvidas a implementação imediata das obrigações do acordo de levantar o cerco e as sanções impostas aos nossos irmãos de Gaza, que está sofrendo uma grave crise humanitária e é vítima de um assédio desumano por mais 11 anos.

Finalmente, queremos nos somar a todos os movimentos de solidariedade ao povo palestino. Somar-nos aos esforços para estreitar os laços entre brasileiros e palestinos, alargar nossas relações e a troca de compromissos e ações entre nossos dois povos.

Agradeço imensamente o apoio que temos recebido; agradeço o empenho dos nossos irmãos e irmãs e a nossa equipe que têm se esforçado para que o funcionamento do IBRASPAL seja pleno e frutífero.

 

 

 

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