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Líder do Hamas denuncia 'sadismo sionista' pelo palestino supostamente torturado por Israel

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, denunciou na segunda-feira o "sadismo sionista" no caso do palestino Samer Arbid, preso por Israel e posteriormente hospitalizado em estado crítico após ser interrogado.

"A ocupação sionista pagará o preço de seus crimes contra os prisioneiros", disse Haniyeh em declarações coletadas pela mídia israelense. "Nunca abandonaremos nossos prisioneiros. Nunca permitiremos que eles se tornem troféus do sadismo sionista e eles não continuarão muito tempo mais atrás das grades da ocupação", acrescentou ele em discurso em Gaza.

Além disso, a histórica Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), à qual Arbid estaria ligada, alertou que se ele morrer "os portões do inferno se abrirão". "A ocupação israelense é responsável pela vida do prisioneiro palestino Samer Arbid e de seus camaradas", disse o grupo armado.

Os advogados de Arbid, 44 anos e residentes em Ramallah, garantiram que ele estava com boa saúde quando foi preso e acrescentaram que agora está em estado crítico.

Shin Bet revelou na noite de sábado a prisão de três suspeitos, incluindo Arbid, por sua suposta participação em uma célula terrorista responsável por um ataque em agosto que resultou na morte de Rina Shnerb de 17 anos.

As autoridades israelenses apontaram que Arbid tem uma "história" de atividades terroristas relacionadas à Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP). Os outros dois detidos são Kasam Shabali e Yazen Majamas.

De acordo com as informações coletadas pelo jornal israelense 'Haaretz', Shin Bet recebeu permissão legal para usar "medidas extraordinárias" durante seu interrogatório sobre Arbid.

Shin Bet afirmou que a célula estava planejando novos ataques, incluindo tiroteios e seqüestros, quando os suspeitos foram presos. Durante a operação, um dispositivo explosivo artesanal foi desmontado, conforme registrado no 'The Times of Israel'.

Os advogados de Arbid denunciaram em um comunicado que o homem foi "severamente torturado" por seus interrogadores e acrescentou que "ele foi levado para o hospital inconsciente e sofreu muitas fraturas", conforme a Fundação Addameer divulgou.

Por sua parte, Shin Bet simplesmente disse que Arbid "não estava bem" durante o interrogatório. "De acordo com os protocolos, ele foi transferido para realizar exames médicos e receber tratamento no hospital", afirmou.

 

Fonte: Agência de Imprensa Europa

Tradução: IBRASPAL

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