Pablo Iglesias quer que cidades espanholas boicotem Estado sionista

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

A Espanha tem sido uma pedra no sapato dos israelenses. A campanha do movimento BDS (Boicote, Desenvestimento e Sanções) está ganhando a adesão da população espanhola.

 

Pablo Iglesias, líder do Podemos, partido de esquerda cuja coligação ficou em terceiro lugar nas últimas eleições presidenciais, classificou Israel como um país criminoso e ilegal.

 

Várias cidades têm cancelado eventos culturais em que israelenses iriam se apresentar. Oviedo, capital das Astúrias, cancelou o concerto da Orquestra Sinfônica de Netanya.

 

Em comunicado, o município informou que o cancelamento da apresentação era resultado de uma decisão política de interromper atividades israelenses na cidade. Oviedo também já cancelou a apresentação de um corpo de balé israelense.

 

A Câmara Municipal de Cádiz cancelou um festival de cinema israelense. Em Benicàssim, município da região de Valência, ​o cantor judeu Matthew Paul Miller foi desconvidado para um festival de música. Valência, terceira cidade mais populosa da Espanha, já havia se declarado uma zona livre do apartheid israelense.

 

Em maio, o parlamento da Comunidade Autônoma de Navarra aprovou uma resolução que endossa o movimento BDS. Os parlamentares também pediram ao governo central que apoie qualquer iniciativa promovida pelo BDS e que suspenda as relações com Israel até que o país pare com a política criminosa de repressão à população palestina.

 

Uma companhia aérea israelense também teve o pedido negado pelas autoridades ligadas ao turismo espanhol para operar a rota direta entre Santiago de Compostela e Tel Aviv. O pedido foi rejeitado como um ato simbólico de apoio ao boicote a Israel. A cidade de Pamplona também teria declarado que autoridades israelenses são persona non grata no município.

 

Até agora, 80 cidades e conselhos espanhóis já se juntaram à campanha de boicote a Israel.

 

Com informações do Middle East Monitor