Mãe palestina e filha bebé finalmente juntas, Israel demora seis meses autorização de viagem
Ao fim de seis meses, uma mãe palestina de Gaza recebeu finalmente permissão das autoridades israelitas para regressar a Jerusalém para se juntar à filha, única sobrevivente de trigémeos
Segundo o jornal israelita Times of Israel, citando o Canal 13, em Janeiro a mulher — cujo nome não foi divulgado —, grávida de trigémeos, deu entrada no hospital Makassed, em Jerusalém Oriental, para uma operação urgente. Entrou em trabalho de parto e deu à luz, mas dois dos gémeos, ambos meninos, morreram dias depois.
A mãe teve de voltar a Gaza para enterrar os dois filhos, deixando a menina sobrevivente — Shahad — aos cuidados do pessoal do hospital. Porém, o pedido de autorização para sair da Faixa de Gaza e regressar a Jerusalém para ir buacar a pequena Shahad foi recusado. Só após os pedidos de informação do Canal 13 da televisão israelita é que o COGAT (Coordenador das Actividades Governamentais nos Territórios Ocupados, do Ministério da Defesa israelita) finalmente concedeu a autorização para a mãe retornar a Jerusalém, emboraa dta ainda seja desconhecida.
A dramática situação desta mãe e da sua bebé é uma ilustração dos efeitos do desumano bloqueio imposto por Israel aos habitantes da Faixa de Gaza desde há mais de uma década. São cada vez mais os cuidados de saúde que não é possível disponibilizar no pequeno território palestino, onde faltam medicamentos e a electricidade sofre cortes com frequência. O sistema está ainda sujeito a uma pressão suplementar devido aos milhares de feridos causados por Israel com os bombardeamentos e com a repressão das manifestações da Grande Marcha do Retorno, que duram há mais de um ano.
Em Fevereiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) descobriu que é habitual Israel sujeitar os doentes oncológicos palestinos de Gaza a atrasos de meses antes de lhes conceder a autorização de viagem necessária para serem tratados fora. Alguns nunca a conseguem…
Fonte: Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente MPPM
DEIXE SEU COMENTÁRIO