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Mãe palestina é presa por se opor ao governo

Em uma clara violação de direitos humanos, o Serviço de Segurança Preventiva prendeu por razões políticas Suha Badran Jabara, de 31 anos, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, na semana passada

Ela foi detida em sua casa e levada para a prisão de Jericó, considerada uma masmorra onde os prisioneiros são torturados.

Ao ver a mãe presa, os três filhos da jovem começaram a chorar e pararam de comer. A família de Suha vive com o coração apertado, temendo por sua vida.

Os familiares dela se surpreenderam, com as cinco patrulhas do Serviço de Segurança Preventiva com aproximadamente 20 policiais cercando a casa, às 20h, do sábado, 3.

Sem mandato judicial e de forma truculenta, as forças de repressão invadiram a residência da jovem para capturá-la.

Familiares de Suha relatam que elementos das forças de segurança, incluindo mulheres, a agarram entre seus três filhos. E apesar dos gritos e do choro intenso, a levaram para a sede da Segurança Preventiva, em Ramallah.

Eles também afirmam que a jovem sofreu um desmaio e que teria sido medicada com injeções de tranquilizantes. E acrescentam que mesmo assim, as forças de repressão começaram um duro interrogatório na mesma noite.

Ainda de acordo com os familiares, Suha teria sido impedida de dormir por quatro noites consecutivas.

A família tem medo que a jovem também seja submetida à tortura física. Eles temem pela vida da jovem, que tem problemas cardíacos.

"Tudo o que está acontecendo com nossa filha é uma violação sem precedentes. Temos medo que eles façam tudo com ela”, enfatizam.

A família contratou um advogado, mas os serviços de segurança o impediram de encontrá-la e acompanhá-la nas audiências, conforme prevê a lei.

"Nosso medo aumenta todos os dias, porque eles forçam nossa filha a assinar acusações fabricadas."

 

 

Filhos 

Os familiares contam que desde a prisão de Suha, os filhos, Suhaib, de 8 anos, Mohammad, de 9 anos, e  Bara, de 12 anos, só choram e chamam pela mãe. “Não querem comer e se recusam a ir à escola.”

No último dia 6, o Tribunal de Jericó, prorrogou a detenção de Suha por mais 15 dias.

Suha e seus três filhos têm cidadania palestina e panamenha. A família já informou a Embaixada do Panamá sobre a prisão dela. E conta com o apoio de um senador de Nova Jersey para pressionar por sua libertação, já que foi detida sem qualquer justificativa legal e está presa em péssimas condições.

Seus familiares alegam que a jovem nunca havia sido detida pelas autoridades israelenses. E apelou às organizações locais e internacionais de direitos humanos e à mídia livre para pressionar as autoridades a libertá-la".

 

Fonte: The Palestinian Information Center

Tradução: IBRASPAL

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