Mais de 50 palestinos em Gaza feridos por forças israelitas
Pelo menos 51 palestinos foram feridos pelas forças represivas israelitas na sexta-feira durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza disse que 24 dos feridos foram atingidos por balas reais. Entre os feridos contam-se dois jornalistas.
Milhares de palestinos acorreram ao leste da Faixa de Gaza para participar na 69.a semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno, que decorreu sob o lema «Sexta-feira de Solidariedade com o povo de Wadi Hummus», o bairro na zona palestina junto a Jerusalém Oriental onde recentemente Israel demoliu 10 prédios de habitação.
A comissão organizadora tinha apelado a uma ampla participação a fim de exprimir a rejeição do processo de transferência e limpeza étnica sistemática, que visa obliterar a identidade árabe de Jerusalém e expulsar os seus habitantes palestinos.
Centenas de soldados israelitas, com um grande número de veículos militares, foram enviados para junto dos cinco locais de concentração (campos de retorno).
Desde 30 de Março de 2018, têm-se realizado manifestações semanais para protestar contra o criminoso cerco a que Israel sujeita a Faixa de Gaza e para exigir o direito de retorno para os refugiados vítimas da limpeza étnica que acompanhou a criação de Israel, em 1948.
Pelo menos 305 palestinos foram mortos pelas forças israelitas desde o início dos protestos e mais de 18.000 sofreram ferimentos.
Em Março, uma missão de investigação da Organização das Nações Unidas concluiu que as forças israelitas cometeram violações dos direitos humanos durante a repressão dos manifestantes palestinos em Gaza, que podem equivaler a crimes de guerra.
Gaza está sob cerco israelita (com a colaboração do Egipto) desde Junho de 2007, o que se traduziu num declínio catastrófico das condições de vida dos dois milhões de habitantes do pequeno território.
Israel lançou também três grandes agressões contra a Faixa de Gaza desde 2008, matando milhares de pessoas e destruindo grande parte das já deficientes infra-estruturas do território, com pesados efeitos nomeadamente no fornecimento de água e energia eléctrica.
Fonte: Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente MPPM
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