Massacre há 70 anos iniciou repressão de Israel contra palestinos
Moradores do povoado de Deir Yassin foram os primeiros mortos da limpeza étnica
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
O massacre de Deir Yassin, como ficou conhecida a primeira carnificina promovida por Israel contra palestinos, completa 70 anos nesta segunda-feira, 9.
Na mesma data, em 1948, a aldeia de Deir Yassin, localizada a oeste de Jerusalém, foi dizimada por 120 sionistas que invadiram todas as casas e abriram fogo contra seus moradores.
O vilarejo contava à época com 610 habitantes, mas servia de refúgio para outros palestinos. Os terroristas israelenses não pouparam nem crianças nem idosos.
Como a aldeia estava localizada na área determinada pela ONU (Organização das Nações Unidas), para abrigar o Estado da Palestina, seus moradores se julgavam a salvo de ataques israelenses.
Em 29 de novembro de 1947, as Nações Unidas haviam decidido criar dois Estados, um palestino e outro israelense. E Jerusalém seria uma espécie de território internacional. O massacre de Deir Yassin, assim como todos os demais, provou que Israel nunca respeitou essa decisão.
A limpeza étnica promovida por Israel a partir do massacre de Deir Yassin não cessou até hoje, mas teve seu ápice durante a Nakba (catástrofe em árabe), que ocorreu em 15 de maio de 1948, quando aproximadamente 15 mil palestinos foram mortos e 800 mil foram expulsos de suas moradias pelas forças de repressão israelense.
Dois grupos judeus arquitetaram o massacre de Deir Yassin: o Irgun, do qual faria parte o posterior primeiro-ministro Menachem Begin, e o Lehi. Um terceiro grupo judeu, chamado Hagana, condenou o ataque, mas ninguém foi responsabilizado pela carnificina.
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