Ministério das Relações Exteriores da Palestina denuncia crimes de Israel e critica comunidade internacional por não punir agressor
Órgão também ressalta que governo israelense atua contra solução de dois Estados
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina considera que a comunidade internacional falhou em suas responsabilidades em relação à população palestina.
E ressalta que o bloco acabou contribuindo para o aprofundamento do regime de apartheid na Palestina, ao fortalecer os planos do governo de ocupação que mina a possibilidade de instalação de um Estado palestino soberano.
A mensagem foi dada em resposta ao vice-presidente do Knesset (parlamento israelense) e membro do partido governista de extrema-direita Likud, Yuli Edelstein.
O Ministério das Relações Exteriores palestino disse no comunicado emitido nesta quarta-feira, 9, que "que o governo israelense continua a desconsiderar o princípio da solução de dois Estados, sob o pretexto de que tal solução se tornou obsoleta".
Ainda de acordo com o comunicado, por isso o governo de Israel considera inválidas todas as propostas que pedem a efetivação de dois Estados.
O texto também frisa que as autoridades governamentais de Israel continuam a minar qualquer oportunidade de se alcançar a paz, ao aumentar o número de assentamentos nos territórios palestinos ocupados.
Atualmente, o número de colonos israelenses vivendo na Cisjordânia ocupada já está perto de um milhão de pessoas.
Por outro lado, Israel aperta o controle sobre a área ocupada C, que constitui mais de 60% da Cisjordânia.
Esta área é controlada por Israel tanto em nível administrativo quanto em termos de segurança, que é realizada pelas forças de repressão ocupantes. É como se parte do Brasil fosse adminstrado e vigiado por outro país.
Além de ocupar militarmente o território palestino, Israel também explora e controla os recursos naturais e subterrâneos da Palestina.
O Ministério das Relações Exteriores palestino destaca ainda que as autoridades israelenses continuam sua política de limpeza étnica e deslocamento forçado dos palestinos, além do processo de judaização realizado por Israel em Jerusalém Oriental.
O órgão reitera a denúncia de que os contínuos crimes praticados pelo governo israelense contra os palestinos, continuam a ser ignorados pela maioria da comunidade internacional.
O documento também critica o fracasso da comunidade internacional e das Nações Unidas ao redigirem dezenas de resoluções internacionais sobre a situação na Palestina e não responsabilizar Israel por seus crimes e violações.
Com informações do Middle East Monitor
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